A lenda viva: Assombroso, o maior sniper do Exército Brasileiro, que desafiou todas as probabilidades, acumula inúmeras missões bem-sucedidas e um número de abates mantido em sigilo pelas Forças Armadas
Certamente você já viu filmes que retratam a vida de um soldado excepcional, altamente treinado e cheio de habilidades únicas, geralmente pertencente às Forças Armadas dos Estados Unidos. Os americanos adoram explorar esse tema em seus filmes, assim como os brasileiros adoram produções de Hollywood. Conhecemos bem esses personagens.
Agora, e se eu disser que os brasileiros também têm seus próprios heróis de guerra? Hoje você vai conhecer o maior sniper das Forças Armadas brasileira.
Primeiros anos e primeiros passos no tiro de Marco Antônio de Souza, o maior sniper do Exército Brasileiro
O Sargento Marco Antônio de Souza é reconhecido como o maior sniper das Forças Armadas brasileira. Sua impressionante trajetória teve início no Rio de Janeiro, onde nasceu em 21 de dezembro de 1964. Criado em uma família humilde, Marco mudou-se para uma área rural quando ainda era jovem. Seu primeiro contato com armas se deu graças ao seu pai, um ex-militar, que possuía uma carabina. A casa da família ficava próxima à antiga Rodovia Rio-São Paulo, onde Marco frequentemente via soldados marchando. Esse ambiente militar despertou nele o desejo de se tornar um soldado.
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Ascensão nas Forças Armadas
Em 30 de junho de 1982, aos 18 anos, Marco se apresentou à junta de alistamento militar na Baixada Fluminense. Em fevereiro de 1983, ele foi incorporado à Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército Brasileiro. Desde o início, sua destreza com armas chamou a atenção dos superiores. Ele completou o treinamento de paraquedista com êxito, mostrando-se um soldado habilidoso e dedicado. Após ingressar nas Forças Armadas, Marco descobriu os grupos especiais dentro do Exército. Determinado a fazer parte dessas unidades de elite, ele aproveitou a oportunidade quando ela surgiu.
Após a formatura, um oficial anunciou a criação do 1º Batalhão de Forças Especiais, que estava aceitando novos recrutas. Dos 80 soldados que se apresentaram, apenas nove foram selecionados, incluindo Marco. Marco se destacou no treinamento rigoroso das Forças Especiais, tornando-se membro da tropa de Comandos e se especializando como sniper das Forças Armadas.
Marco se destacou no treinamento intenso das Forças Especiais, tornou-se membro da tropa de comandos e se especializou como sniper
O treinamento para as Forças Especiais foi extremamente rigoroso, mas Marco se destacou e se tornou membro da tropa de Comandos. Foi nesse período que ele se especializou como sniper, conhecido no Brasil como caçador. Sua habilidade logo se tornou conhecida nos círculos militares, e ele passou a ser orientado por atiradores experientes. No final dos anos 80, sob o comando do Tenente-Coronel Álvaro Pinheiro, Marco se especializou em combates urbanos e missões em favelas.
No início de sua carreira, Marco recebeu instruções rigorosas de especialistas como o Subtenente Deusdedit Cortes e o Tenente Roberto Queiroz. Ambos eram renomados atiradores de precisão e foram fundamentais para o desenvolvimento das habilidades de Marco. Ele absorvia cada técnica ensinada, sempre buscando aprimorar seu desempenho.
Marco torna-se uma lenda no Haiti
Tudo começou em 2004, quando uma guerra civil estourou em um pequeno e pobre país da América Central. Naquele mesmo ano, a ONU criou uma força especial para controlar a situação política no país e escolheu o Brasil, a maior força militar da América Latina, para liderar e estabilizar a região. Devido a isso, você já deve imaginar que existe um soldado brasileiro perfeito para essa situação, não é? Felizmente, foi o que os oficiais das forças brasileiras também pensaram. Marco Antônio foi enviado ao Haiti em 2006, já veterano, aos 42 anos. Em missões críticas, ele demonstrou sua perícia eliminando inimigos com precisão e auxiliando em operações complexas.
Durante a operação em Cité Soleil, uma das áreas mais perigosas de Porto Príncipe, Marco se tornou uma lenda ao eliminar inimigos com uma taxa de 100% de precisão. Seus feitos no Haiti foram amplamente reconhecidos. Além das operações militares, Marco participou de missões humanitárias após o devastador terremoto de 2010. Sua atuação no resgate de pessoas sob os escombros, incluindo uma enfermeira, foi destacada na mídia brasileira.
Operações e missões de alto risco pelas Forças Armadas
Marco executou diversas operações de alto risco no Haiti pelas Forças Armadas. Em uma missão crucial, ele e outro sniper eliminaram um famoso atirador inimigo, conhecido por causar baixas significativas nas forças da ONU. A tomada de pontos estratégicos, como uma casa no início da favela, foi fundamental para a retomada gradual de Cité Soleil. Durante um contra-ataque das gangues, Marco se posicionou em uma caixa d’água e, com precisão impecável, neutralizou os inimigos, forçando-os a recuar.
Sua habilidade com o fuzil Heckler & Koch PSG-1, calibre 7,62mm, foi essencial em muitas dessas missões. Marco testou a performance do PSG-1 com munição Lapua finlandesa, atingindo alvos a distâncias de até 600 metros com extrema precisão. Esse fuzil tornou-se uma extensão de suas habilidades, consolidando sua reputação como o maior sniper do Exército Brasileiro.
Retorno ao Brasil e legado como o maior sniper do país
Marco retornou ao Brasil em 2007, mas voltou ao Haiti em 2010 para ajudar na estabilização pós-terremoto. Ele continuou servindo como instrutor de Forças Especiais até sua aposentadoria em 2013. Seu legado como o maior sniper do Brasil é marcado por inúmeras missões bem-sucedidas e um número de abates mantido em sigilo pelas Forças Armadas.
Marco Antônio de Souza, o Assombroso, é uma figura icônica no Exército Brasileiro. Sua dedicação, habilidade e coragem fazem dele uma verdadeira lenda militar. O Centro de Instrução de Caçadores de Forças Especiais exibe seu retrato em homenagem ao maior sniper da história do Brasil.
Marco aposentou-se em 2013, mas seu impacto nas Forças Armadas permanece
Após uma carreira brilhante nas Forças Armadas, Marco aposentou-se em 2013, mas seu impacto nas Forças Armadas permanece. Ele continua a inspirar novos soldados com suas histórias de bravura e precisão. O reconhecimento de suas conquistas é evidente nas numerosas homenagens e menções elogiosas que recebeu ao longo dos anos.
Nas Forças Armadas, Marco também dedicou parte de sua vida à instrução de novos atiradores de elite, compartilhando suas técnicas e experiências. Ele acredita que o treinamento rigoroso e a disciplina são essenciais para formar novos snipers. Sua contribuição para a formação de novos soldados é inestimável, garantindo que seu legado continue vivo nas Forças Armadas brasileiras.