No Paraná, placas solares substituem plantações em áreas rurais, impulsionam geração de energia limpa e aumentam a renda de produtores no interior do estado.
O Paraná consolida sua posição de destaque na geração de energia solar, impulsionando a economia rural e promovendo a sustentabilidade com o uso crescente de placas solares. O estado já ocupa a terceira colocação no ranking nacional de produção de energia solar, respondendo por 8,7% da geração do país, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais.
Essa expansão é resultado do investimento em usinas solares, especialmente no noroeste paranaense, que se tornou um polo importante para essa fonte renovável, movimentando bilhões de reais e gerando milhares de empregos diretos e indiretos.
Placas solares transformam propriedades rurais e ampliam renda dos produtores
Em Paranavaí, no noroeste do Paraná, áreas antes dedicadas à agricultura e pecuária estão sendo convertidas para a instalação de milhares de placas solares.
O produtor rural Mauro Dias Lima exemplifica essa transformação: ao optar pelo arrendamento de suas terras para usinas solares, ele diversificou a renda familiar e aproveitou a terra de forma inovadora.
“Para nós, proprietários de terras, é uma opção a mais de arrendamento, além do gado, da cana, da soja e da mandioca. Surgiu a oportunidade de ‘plantar’ placas solares”, afirma Mauro.
Essa tendência tem se repetido em várias regiões do estado, especialmente nas áreas rurais, onde o programa Paraná Energia Rural Renovável (Renova-PR) tem incentivado pequenos e médios produtores a adotarem energia solar, contribuindo para a redução dos custos com eletricidade e para a sustentabilidade do setor agropecuário.
Fatores que impulsionam o crescimento da energia solar no Paraná
O sucesso do Paraná na geração de energia solar está ligado a condições climáticas favoráveis, alta incidência de radiação solar e infraestrutura adequada para distribuição de energia.
Segundo Liciany Ribeiro, diretora-executiva da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a concentração de usinas no noroeste do estado se deve à proximidade com redes de distribuição e ao clima propício, o que garante energia mais acessível e com custo reduzido para o consumidor final.
Desde 2012, os investimentos em energia solar no Paraná ultrapassaram R$ 15 bilhões, gerando mais de 99 mil empregos diretos e indiretos.
O setor tem se mostrado uma alternativa econômica viável para produtores rurais, que além de diversificar suas fontes de renda, reduzem os custos com energia elétrica. Mauro Dias Lima destaca que “vale a pena. É uma nova forma de aproveitar a terra e gerar renda”
Com esse cenário, o Paraná reafirma seu papel de protagonista na transição energética do Brasil, mostrando que as placas solares são mais do que uma tecnologia: são uma oportunidade real de desenvolvimento econômico, social e ambiental para o estado.