Com R$ 138 bilhões em investimentos, o novo plano ferrovias busca destravar a economia, gerar empregos e modernizar a infraestrutura do país, tirando projetos históricos do papel.
O governo federal lançou o novo Plano Nacional de Ferrovias (PNF), uma das mais ambiciosas iniciativas de infraestrutura da história recente do Brasil. O plano ferrovias prevê investimentos de R$ 138,6 bilhões em 15 grandes ativos, com o objetivo de expandir e modernizar a malha ferroviária nacional, destravar gargalos logísticos e reduzir a histórica dependência do transporte rodoviário.
A meta é ousada: aumentar a participação das ferrovias na matriz de transportes do país dos atuais 20% para 40% até 2035. Parte central do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o plano ferrovias é visto como uma peça-chave para aumentar a competitividade do agronegócio e da mineração, reduzir os custos de transporte em até 30% e impulsionar uma nova era de desenvolvimento sustentável no país.
O que é o Novo Plano Nacional de Ferrovias?
Lançado oficialmente em junho de 2025, o plano ferrovias é uma reestruturação de iniciativas anteriores, agora com um foco claro em parcerias com o setor privado e na conclusão de obras que se arrastam há décadas. A estratégia se baseia em três pilares principais:
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Novas concessões: Leilão de novos trechos para a iniciativa privada.
Renovações antecipadas: Renegociação de contratos existentes com concessionárias como Rumo, VLI e Vale, garantindo novos investimentos em troca da extensão dos prazos.
Autorizações (shortlines): Utilização do Marco Legal das Ferrovias (2021) para permitir que empresas construam e operem trechos menores de interesse privado, conectando centros de produção à malha principal.
O mapa da revolução: os projetos prioritários
O plano ferrovias prioriza obras que são consideradas estratégicas para a integração nacional e o escoamento da produção para os portos. Os principais projetos são:
Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL): Essencial para escoar o minério de ferro e os grãos do sul da Bahia e do Tocantins para o Porto de Ilhéus (BA).
Ferrovia Norte-Sul (FNS): A espinha dorsal do sistema, que conectará o país de norte a sul, ligando o Pará a São Paulo e, futuramente, ao Rio Grande do Sul.
Ferrogrão: Um dos projetos mais aguardados pelo agronegócio, ligará o polo de grãos de Sinop (MT) aos portos de Miritituba (PA), no Arco Norte.
Transnordestina: Conectará o sertão do Piauí aos portos de Suape (PE) and Pecém (CE), impulsionando o desenvolvimento do Nordeste.
O impacto na economia e na vida dos brasileiros
O plano ferrovias vai muito além dos trilhos. Seu impacto socioeconômico é um dos principais argumentos do governo.
Geração de empregos: A Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer) estima a criação de milhares de empregos diretos e indiretos, tanto na construção quanto na operação das novas linhas.
Redução do Custo Brasil: Ao baratear o frete, o plano aumenta a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional e pode ajudar a reduzir o preço dos alimentos para o consumidor final.
Sustentabilidade: O transporte ferroviário emite 85% menos CO₂ do que o rodoviário. A migração de cargas das estradas para os trilhos é um passo fundamental para as metas de descarbonização do país.
A volta dos trens de passageiros?
Um dos aspectos mais interessantes do plano ferrovias é a retomada dos estudos para a reativação de trens de passageiros. O Ministério dos Transportes já analisa a viabilidade de sete trechos, incluindo rotas icônicas como São Paulo-Campinas e Belo Horizonte-Brumadinho. Embora seja um projeto de longo prazo, dependente de Parcerias Público-Privadas (PPPs), a iniciativa sinaliza um desejo de resgatar um modal de transporte que já foi muito importante para o Brasil.
E você, o que acha do novo plano ferrovias? Acredita que o Brasil finalmente vai conseguir equilibrar sua matriz de transportes e destravar seu potencial logístico? Deixe sua opinião nos comentários!
Exceto a futura ferrograo, todas as demais sao muito viáveis e necessárias. Com as secas recorrentes no lago gatun (mudanças climaticas crescentes ) e o desinteresse chines, transpor o canal do Panamá se tornou impossível mesmo com navios pequenos e velhos saindo de Santarém. Ferrograo é caríssima, ambientalmente muito questionavel, não consegue competir com FNS e bioceanica de Ilhéus-chancay e assim seria uma perda de tempo e de recursos, infelizmente.