Declaração da ONU marca o reconhecimento oficial de que o mundo não conseguirá mais cumprir o limite climático definido no Acordo de Paris
A Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou em 22 de outubro de 2025 que o planeta não conseguirá mais conter o aquecimento global abaixo de 1,5 °C.
Durante uma reunião da Organização Meteorológica Mundial (OMM), em Genebra, o secretário-geral António Guterres declarou que “ultrapassar o limite agora é inevitável”. Ele classificou o momento como o mais alarmante da história climática moderna.
Segundo Guterres, o planeta entrou em um ciclo de superaquecimento sem precedentes, impulsionado pela queima de combustíveis fósseis e pelo aumento das emissões de dióxido de carbono. Ele alertou que “a humanidade está destruindo o próprio futuro” e pediu reação imediata.
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A meta de 1,5 °C, estabelecida no Acordo de Paris de 2015, representava o limite global para evitar desastres ambientais irreversíveis. No entanto, as emissões continuam aumentando e, portanto, a ONU reconhece que esse objetivo ficou fora de alcance.
Relatórios da OMM comprovam que o limite climático já foi superado
Em março de 2025, a OMM divulgou o relatório “State of the Global Climate 2024”. O estudo confirmou que a temperatura média global chegou a +1,55 °C acima dos níveis de 1850 a 1900.
O relatório indicou ainda que 2024 foi o ano mais quente da história, ultrapassando 2023, que havia registrado +1,45 °C.
Em maio de 2025, a OMM lançou o relatório “Global Annual to Decadal Climate Update (2025–2029)”. Ele apontou 86% de chance de que pelo menos um dos próximos cinco anos ultrapasse o limite de 1,5 °C. Além disso, há 80% de chance de que um desses anos se torne o mais quente já registrado.
O Serviço Meteorológico do Reino Unido, em conjunto com dez centros internacionais, confirmou as previsões. Segundo a subsecretária-geral da OMM, Ko Barrett, “acabamos de viver a década mais quente já registrada e não há sinais de que isso vá mudar tão cedo”.
As informações foram reforçadas por BBC News, Reuters e G1, que destacaram que o planeta entrou em uma nova era de calor extremo e de riscos cada vez maiores.
Os impactos do superaquecimento já atingem economias e sociedades
Com o aumento das temperaturas, ondas de calor extremo, secas prolongadas e tempestades intensas se tornaram mais frequentes. Esses fenômenos afetam diretamente a agricultura, a segurança alimentar e o abastecimento de água, além de pressionarem os sistemas de saúde.
De acordo com dados da ONU, os desastres climáticos já provocam perdas anuais superiores a trilhões de dólares. Além disso, os custos de adaptação continuam menores do que os prejuízos da inação política e ambiental.
Segundo análises da Reuters e da OMM, as mudanças climáticas já comprometem a estabilidade energética e social em várias regiões do planeta. Enquanto isso, o aumento do nível do mar ameaça cidades costeiras e portos estratégicos.
Os cientistas alertam que mesmo cortes imediatos nas emissões levarão décadas para estabilizar as temperaturas, o que reforça a necessidade de ações urgentes e coordenadas.
ONU pede cooperação internacional antes que o cenário se torne irreversível
Apesar do quadro crítico, António Guterres reafirma que ainda há tempo para evitar o colapso total. Ele defende a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis e o investimento em energias renováveis como medidas essenciais.
Segundo ele, “cada fração de grau conta”, e manter o aquecimento abaixo de 2 °C será crucial para preservar a vida humana e os ecossistemas.
A ONU reforça o pedido por cooperação global e transferência de tecnologia entre países, além de exigir apoio financeiro das nações ricas às mais vulneráveis.
Com a COP30 marcada para novembro de 2025 em Belém, o mundo se prepara para a reunião climática mais decisiva da década. O evento deve definir novas metas de mitigação e adaptação.
Enquanto isso, as temperaturas continuam subindo e os recordes se multiplicam, mostrando que a humanidade enfrenta a década mais perigosa de sua história.
Será que ainda existe tempo para frear o aquecimento antes que o ponto de não retorno se torne inevitável?
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