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Fim do dinheiro físico como conhecemos: Pix se consolida como principal meio de pagamento ao bater recorde histórico com 276,7 milhões de transferências em apenas 24 horas no Brasil

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 15/08/2025 às 11:27
Fim do dinheiro de papel e do cartão de crédito? Pix se consolida como principal meio de pagamento ao bater recorde histórico com 276,7 milhões de transferências em apenas 24 horas no Brasil
Foto: Fim do dinheiro de papel e do cartão de crédito? Pix se consolida como principal meio de pagamento ao bater recorde histórico com 276,7 milhões de transferências em apenas 24 horas no Brasil
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Pix bateu recorde histórico em Junho desse ano com 276,7 milhões de transações em 24h no Brasil, consolida liderança nos pagamentos e desafia cartões e dinheiro físico.

O Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central do Brasil, alcançou um marco histórico. Em um único dia, foram registradas 276,7 milhões de transações, consolidando de vez o Pix como o principal meio de pagamento do país. O recorde, registrado recentemente, não apenas impressiona pelo volume, mas também reforça a transformação radical que a ferramenta provocou no sistema financeiro brasileiro desde o seu lançamento em 2020. Os dados foram divulgados pela Agência Brasil em Junho desse ano

Crescimento acelerado do Pix

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Desde sua implementação, o Pix passou de uma solução inovadora para transferências rápidas entre pessoas físicas para um sistema de pagamento multifuncional. Hoje, ele é amplamente usado por empresas, profissionais autônomos, órgãos públicos e até em transações internacionais em alguns casos.

O aumento constante no volume de operações é reflexo direto da facilidade, rapidez e baixo custo oferecidos pela plataforma.

Diferente de TEDs e DOCs, o Pix funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, sem cobrança de tarifas para pessoas físicas na maioria das transações, o que derrubou barreiras que antes limitavam o acesso a transferências instantâneas.

Por que o recorde impressiona

As 276,7 milhões de transações registradas em apenas 24 horas não representam apenas um número alto: significam que, em média, mais de 3 mil operações foram processadas por segundo durante o dia de pico.

Esse volume revela a capacidade tecnológica do sistema, que processa transações em tempo real com segurança e alta disponibilidade, mesmo sob cargas extremas.

O recorde também mostra como o Pix passou a ocupar espaços que antes pertenciam exclusivamente ao dinheiro em espécie, aos cartões de débito e crédito e até a boletos bancários. Cada vez mais, compras no comércio, pagamentos de contas, transferências entre empresas e até salários estão sendo processados via Pix.

Impacto para consumidores e empresas

Para os consumidores, o Pix representa conveniência e economia. Com ele, é possível pagar compras em segundos, transferir dinheiro sem taxas e receber pagamentos instantaneamente. Isso reduziu significativamente a dependência de cartões de crédito para pequenas compras, evitando juros e parcelas.

Para empresas, a vantagem vai além da rapidez. Ao receber via Pix, a liquidação do valor é imediata, o que melhora o fluxo de caixa e reduz a necessidade de antecipar recebíveis, prática comum no uso de cartões. Além disso, o custo de operação para o comerciante é muito menor que as taxas cobradas pelas bandeiras de cartão.

Concorrência com cartões e outras formas de pagamento

O crescimento do Pix já começa a afetar o mercado de cartões e maquininhas. Muitos estabelecimentos oferecem descontos para clientes que pagam via Pix, evitando taxas de intermediação.

No varejo online, a modalidade também ganha espaço, especialmente em compras à vista, competindo com o boleto bancário e o débito online.

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Bancos e fintechs, por outro lado, adaptaram seus aplicativos para integrar o Pix a carteiras digitais e recursos adicionais, como agendamento de pagamentos, Pix parcelado e Pix garantido — este último funcionando como uma espécie de compra a prazo.

O Pix além das fronteiras

Embora ainda em estágio inicial, o Banco Central já estuda formas de integrar o Pix a sistemas internacionais, permitindo transferências instantâneas entre países. Projetos-piloto e negociações com outros bancos centrais da América Latina e da Ásia estão em andamento, o que poderia transformar o Pix em um meio de pagamento internacional de baixo custo.

Além disso, novas funções como o Pix Automático, previsto para estrear em 2025, vão permitir cobranças recorrentes automáticas, ampliando ainda mais o uso do sistema em serviços de assinatura, contas de consumo e mensalidades.

Segurança e desafios

Com o crescimento, também surgem desafios. A popularização do Pix fez crescer golpes e fraudes digitais, levando o Banco Central e as instituições financeiras a reforçarem mecanismos de segurança, como limites de valor para transações noturnas, autenticação em dois fatores e bloqueio preventivo de recursos suspeitos.

Ainda assim, a confiança do usuário no sistema permanece alta, sustentada pela rapidez na resolução de problemas e pelo compromisso das instituições em reembolsar clientes vítimas de fraudes comprovadas.

O que o recorde representa para o sistema financeiro brasileiro

O desempenho do Pix mostra que o Brasil está entre os líderes mundiais em inovação de pagamentos. Poucos países têm um sistema tão abrangente, rápido e barato para o usuário final. Isso fortalece a inclusão financeira, permitindo que até pessoas sem conta bancária tradicional consigam receber e enviar valores com rapidez e segurança.

Além disso, o Pix está se tornando um dos principais canais para políticas públicas de transferência de renda, pagamento de benefícios e arrecadação de tributos, aumentando a eficiência e reduzindo custos administrativos.

O futuro do Pix

O recorde de 276,7 milhões de transações em 24 horas é um marco que dificilmente será o último. O crescimento da base de usuários, a entrada de novas funcionalidades e a integração com o comércio eletrônico devem impulsionar ainda mais o uso.

A grande questão agora é: como manter o equilíbrio entre crescimento, segurança e inovação? O sucesso do Pix prova que o Brasil é capaz de liderar revoluções tecnológicas no sistema financeiro, mas também impõe a responsabilidade de proteger milhões de usuários e garantir que a ferramenta continue acessível, eficiente e segura para todos.

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Valdemar Medeiros

Formado em Jornalismo e Marketing, é autor de mais de 20 mil artigos que já alcançaram milhões de leitores no Brasil e no exterior. Já escreveu para marcas e veículos como 99, Natura, O Boticário, CPG – Click Petróleo e Gás, Agência Raccon e outros. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras (empregabilidade e cursos), Economia e outros temas. Contato e sugestões de pauta: valdemarmedeiros4@gmail.com. Não aceitamos currículos!

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