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Pix parcelado começa oficialmente, padronizado pelo Banco Central, com juros menores que o cartão de crédito e recebimento instantâneo para lojistas, mas com risco de endividamento em massa

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 09/09/2025 às 22:34
Pix parcelado estreia em setembro de 2025: Banco Central cria padrão nacional, promete juros menores que cartão e alerta para risco de dívidas
Pix parcelado estreia em setembro de 2025: Banco Central cria padrão nacional, promete juros menores que cartão e alerta para risco de dívidas
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Nova modalidade do Banco Central padroniza o PIX parcelado, garante recebimento imediato para lojistas e juros menores que o cartão de crédito, mas especialistas alertam para risco de endividamento em massa.

O PIX parcelado será oficialmente lançado em setembro de 2025 e promete mudar a forma como os brasileiros consomem e se endividam. A novidade foi regulamentada pelo Banco Central, após pedido da Febraban, e padroniza um serviço que já existia em alguns bancos desde 2022, mas sem regras claras. A promessa é de juros menores que os do cartão de crédito e liquidação imediata para lojistas, mas há preocupação com o risco de inadimplência, principalmente pela baixa educação financeira da população.

Segundo Peter Jordan, referência em finanças digitais, o desafio não é apenas tecnológico, mas social: ampliar o acesso ao crédito sem criar uma nova “bola de neve” de dívidas para milhões de brasileiros.

Como funciona o PIX parcelado

Na prática, o PIX parcelado seguirá lógica semelhante à do cartão de crédito: o consumidor poderá dividir compras em várias prestações, enquanto o lojista receberá o valor integral no ato da transação.

Isso elimina a necessidade de esperar semanas, como ocorre atualmente com vendas parceladas no cartão.

A diferença central está no modelo de cobrança.

Em vez de depender das bandeiras Visa, Mastercard ou Elo e das chamadas “maquininhas”, o parcelamento será mediado diretamente pelos bancos, dentro do ecossistema do Banco Central.

Isso reduz custos operacionais e pode gerar taxas menores para lojistas e clientes.

O que muda para lojistas e consumidores

Para os comerciantes, a principal vantagem é receber à vista em qualquer venda parcelada, melhorando o fluxo de caixa e diminuindo a dependência de antecipações.

Já para os consumidores, a promessa é de juros mais baixos do que os praticados no crédito rotativo ou parcelado das bandeiras tradicionais.

Por outro lado, cada cliente terá um limite definido após análise de risco.

Isso significa que o PIX parcelado é, na prática, um produto de crédito — sujeito a juros que variam conforme o perfil do usuário.

Não se trata de parcelamento “sem custo”, mas de uma linha de financiamento dentro do sistema bancário.

O risco invisível: falta de fatura única

Uma das diferenças mais delicadas em relação ao cartão é a ausência de fatura consolidada.

No PIX parcelado, cada compra gera prestações com vencimentos distintos, o que pode confundir consumidores.

Sem organização financeira, há risco de múltiplas parcelas se acumularem e o cliente perder o controle do orçamento.

Especialistas em finanças pessoais alertam que esse detalhe pode ampliar o já alto índice de endividamento das famílias brasileiras.

Segundo dados recentes do Banco Central, mais de 70% das famílias estão endividadas, e a chegada de uma nova linha de crédito pode agravar o cenário.

Impacto internacional e concorrência com cartões

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O sucesso do PIX parcelado já desperta atenção fora do Brasil.

Autoridades americanas investigam se a ferramenta pode configurar concorrência desleal contra operadoras privadas de cartão de crédito.

O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a afirmar que, se o PIX “tomar conta do mundo, os cartões vão desaparecer”.

Embora a declaração seja vista como exagero, ela revela um ponto central: o PIX parcelado ataca diretamente o modelo de negócio das bandeiras de cartão, que dependem de taxas elevadas para sustentar sua operação.

A nova modalidade pode ser vantajosa em situações específicas, principalmente para quem busca juros menores e mais previsibilidade no pagamento.

Para os lojistas, representa uma redução de custos e maior competitividade.

Porém, o risco de descontrole financeiro exige cautela.

Planejamento e disciplina serão fundamentais para que o PIX parcelado não se transforme em uma nova armadilha de dívidas.

E você, acredita que o PIX parcelado será um aliado do consumidor ou uma porta aberta para ainda mais endividamento no Brasil? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem já vive essa realidade no dia a dia.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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