O que parecia apenas um erro bancário se transformou em uma história que tocou todos os envolvidos. Uma mulher humilde, afogada em dívidas e vivendo dias de angústia, recebeu de forma inesperada um Pix de R$ 4.823,10. Sem imaginar que o valor havia sido enviado por engano, ela usou o dinheiro para necessidades urgentes
Uma mulher, sem esperar, recebeu uma um Pix que caiu de forma inesperada em sua conta bancária.
Sem saber de onde vinha o depósito, tentou descobrir a origem, mas não conseguiu.
O valor chegou em um momento de extrema necessidade e acabou sendo usado para pagar dívidas e resolver problemas urgentes.
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Meses depois, ela descobriu que o dinheiro pertencia a um escritório de advocacia e foi chamada a uma audiência de conciliação, onde o caso teve um desfecho surpreendente e comovente.
Dinheiro do Pix enviado por engano
O valor de R$ 4.823,10 foi transferido via Pix por um escritório de advocacia, que havia vencido uma ação judicial e precisava repassar os recursos aos seus clientes.
Por engano, devido à semelhança entre nomes, o montante caiu na conta da mulher, que não fazia parte do processo.
Sem conseguir contato com ela, o escritório entrou com uma ação para reaver o dinheiro.
A audiência foi marcada no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Lages.
Proposta modesta comove advogado
A mulher compareceu à audiência visivelmente nervosa e emocionada. Durante a sessão, explicou sua situação e se propôs a pagar R$ 100 por mês, mesmo com sacrifício, para devolver o valor.
A sinceridade do relato e as condições de vida da ré tocaram profundamente o advogado responsável pelo caso.
Após uma breve conversa com os sócios, ele retornou à sala virtual com uma decisão inesperada.
Perdão e comoção geral
O advogado anunciou que a dívida, já corrigida para mais de R$ 5 mil, seria perdoada.
Segundo a conciliadora Eliane Freitas Benin, ele somente pediu que a mulher incluísse o nome do escritório em suas orações.
O gesto emocionou a mulher, seus familiares e até os acadêmicos de Direito que acompanhavam a audiência.
Eliane relatou que todos parabenizaram o advogado pela atitude nobre, registrada na ata da sessão como remissão tácita da dívida.
“Foi um momento de grandiosidade, de humanidade, bonito e emocionante. Um exemplo de que ainda existem pessoas boas neste mundo”, relatou.
Justiça que busca restaurar relações
O juiz Geraldo Corrêa Bastos, titular do Juizado Especial Cível da comarca de Lages, destacou a importância do diálogo na justiça consensual.
Segundo ele, quando as partes se dispõem a ouvir e compreender o outro, surgem soluções mais humanas e duradouras.
“A conciliação não é apenas um meio de encerrar processos, mas de restaurar relações e promover a paz social”, concluiu.