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Piso salarial dos professores é REAJUSTADO; veja o novo valor

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 01/02/2024 às 18:45
Piso salarial dos professores é REAJUSTADO. (Imagem: reprodução)
Piso salarial dos professores é REAJUSTADO. (Imagem: reprodução)

Foi revelada nesta quinta-feira (01) uma ótima notícia para os docentes brasileiros: o reajuste do piso dos professores da educação básica. A portaria foi publicada em uma edição extra do Diário Oficial da União.

Com essa atualização, o valor da remuneração mínima dos professores, atualizada ano a ano, passou de R$ 4.420,55, quantia definida em 2023, para R$ 4.580,57 em 2024. Esse novo reajuste significa um aumento de 3,62% quando comparado com o ano passado.

Importante destacar que este salário é aplicado para aqueles profissionais responsáveis por ministrar aulas na rede pública de ensino. Além disso, esse salário é pago para aqueles que trabalham pelo menos 40 horas semanais.

Hoje, é de responsabilidade dos Estados e municípios o repasse do aumento tratado na matéria. Todavia, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) defende que os gestores das cidades estabeleçam o reajuste conforme as condições fiscais de cada localidade, com igual tratamento dado ao conjunto dos servidores municipais.

Reajuste do piso salarial dos professores é ilegal, diz confederação

Em nota publicada nesta quinta, a CNM afirma que existe um vácuo legal para o reajuste do piso nacional do magistério. Nessa esteira, a entidade afirma que é ilegal que a definição do aumento do piso salarial dos professores seja definida por meio de uma portaria.

De acordo com a confederação, o reajuste por meio de uma portaria faz com que o reajuste não tenha segurança jurídica. Nesse sentido, a entidade destaca que, apesar deste fato, esta foi a terceira vez seguida que o governo resolver lançar mão de uma portaria para chancelar o aumento.

“Essa questão é objeto da ADI 7.516/DF, cujo ingresso foi feito pela Procuradoria-Geral da República, reforçando que o governo mantém o erro há três anos, mesmo sabendo que não existe segurança jurídica para esse reajuste. A CNM já requereu ingresso como amicus curiae, em pedido ainda não apreciado”, informou em nota.

Ainda de acordo com a entidade, apesar do percentual de reajuste mais baixo neste ano, o governo ainda incorre em ilegalidade na publicação da Portaria.

“Vale lembrar que, em 2022, a Portaria MEC 67/2022 estabeleceu reajuste de 33,24%. Já em 2023, a Portaria MEC 17/2023 definiu reajuste de 14,95%. Para este ano, o reajuste ficou abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). No entanto, entre 2022 e 2024, o aumento já soma 58,71%, com impacto de aproximadamente R$ 61 bilhões apenas aos Municípios. Entre 2009 e 2023, a receita do Fundeb aumentou 255,9% e o reajuste do piso do magistério foi de 365,3%”, informou a Confederação.

Reajuste abaixo do IPCA

Como citado na nota da CNM, o aumento percentual de 2024 fica abaixo do acumulado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023, que foi de 4,62%. Atualmente, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA é utilizado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) como parâmetro para ajustar as metas de inflação.

Na prática, um reajuste abaixo do índice do IPCA significa que, mesmo com o aumento publicado nesta quinta, os professores perderam poder de compra, visto que a inflação, no mesmo período, foi maior do que o aumento do piso publicado pelo governo.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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