Construído em 2001 por Garotinho e Petrobras, o Piscinão de Ramos se tornou o maior espaço público de lazer do Rio, com 26 mil m² e água salgada tratada
Construído para ser uma alternativa de lazer e símbolo de revitalização urbana, o Piscinão de Ramos se tornou um dos pontos mais conhecidos do Rio de Janeiro. Localizado na região do Complexo da Maré, o espaço atrai visitantes de várias partes do Brasil e das 13 comunidades vizinhas. Sua história mistura planejamento governamental, engenharia e forte apelo social.
Origem e construção
O projeto foi realizado em 2001 pelo governo estadual de Anthony Garotinho, em parceria com a Petrobras. O plano original previa a despoluição da Praia de Ramos, com a criação de uma barragem de pedras que isolaria o local da Baía de Guanabara. Entretanto, como o espelho d’água é tombado como patrimônio, a proposta não avançou.
A alternativa encontrada foi a criação de um lago artificial no mesmo ponto. O resultado foi um complexo com 26.414 metros quadrados e capacidade para 30 milhões de litros de água.
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O revestimento em polietileno e a estrutura de contenção garantiram segurança e durabilidade à obra. Nos fins de semana mais movimentados, o espaço chegou a receber cerca de 60 mil banhistas.
Estrutura e manutenção
O funcionamento do piscinão depende de um sistema que utiliza água do mar, captada na Baía e tratada em uma estação especial. O processo inclui flotação para remover resíduos sólidos e lodo, além de desinfecção que torna a água própria para o banho.
Anualmente, o local é fechado para limpeza completa e esvaziamento do lago. A Rio-Águas, fundação responsável pelo controle hídrico da cidade, realiza o procedimento e assegura a qualidade da água para o uso público.
Mudanças de nome e reconhecimento popular
Desde a inauguração, o espaço recebeu diferentes nomes. Em 2002, passou a se chamar Parque Ambiental da Praia de Ramos, e em 2012 ganhou o nome atual: Parque Ambiental Carlos Roberto de Oliveira “Dicró”, em homenagem ao sambista falecido naquele ano. Ainda assim, para o público, o apelido original “Piscinão de Ramos” permanece o mais popular.
O local se consolidou como ponto de encontro de famílias e símbolo de lazer acessível no Rio. Mais do que uma obra pública, o piscinão representa um marco de convivência social e um retrato fiel da cultura carioca.