Processo de extração de ouro da pirita com essa nova descoberta seria menos prejudicial ao nosso meio ambiente do que os processos tradicionais
A história do ouro é tão antiga quanto a humanidade, e sua busca incansável muitas vezes levou a descobertas surpreendentes. Entre as rochas brilhantes e os sonhos de riqueza, a pirita, também conhecida como “ouro de tolo”, despertou a curiosidade de garimpeiros e cientistas por décadas. Recentemente, uma descoberta inovadora abriu um novo capítulo na busca pelo ouro oculto dentro da pirita, potencialmente alterando o curso da extração de ouro.
A pirita, com sua aparência brilhante e dourada, enganou garimpeiros menos experientes durante a corrida do ouro na Califórnia. Ela ganhou o apelido de “ouro de tolo” devido à crença equivocada de que se tratava de ouro genuíno. No entanto, logo ficou claro que essa substância não poderia ser explorada de maneira lucrativa, deixando os garimpeiros desanimados.
Quando se trata de dissulfeto de ferro (FeS²), para garimpeiros na década de 1840, isso significava que eles tinham mais buscas para fazer. É melhor que sujeira e pedra, mas ainda assim não valia a pena manter – não havia como espremer qualquer coisa útil do referido mineral.
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É possível extrair de verdade, esse minério tão cobiçado pelo mundo da pirita?
A natureza do ouro “invisível” em arsenopirita
O verdadeiro potencial da pirita como hospedeira do ouro começou a ser revelado em 1989, quando um artigo intitulado “A natureza do ouro ‘invisível’ em arsenopirita” foi publicado no The Canadian Mineralogist. Nesse estudo, pequenas partículas de ouro foram encontradas estruturalmente ligadas à pirita. Isso lançou luz sobre a possibilidade de a pirita esconder ouro de maneiras inesperadas. No entanto, a verdadeira revolução estava prestes a acontecer.
Em junho passado, uma pesquisa revelou uma terceira maneira surpreendente pela qual o ouro pode ser encontrado na pirita. O estudo, intitulado “Um novo tipo de ouro invisível em pirita hospedada em deslocamentos relacionados à deformação”, apresentou uma visão fascinante desse processo. O ouro foi encontrado enriquecendo pequenas imperfeições na pirita, formadas sob extrema pressão e/ou calor.
Aqui reside o potencial de uma verdadeira revolução na extração desse mineral. Denis Fougerouse, pesquisador da Escola de Ciências da Terra e Planetária da Universidade de Curtin, enfatiza que esse novo método pode ser significativamente menos prejudicial ao meio ambiente do que os processos tradicionais de extração. Mas como isso é possível?
Nova descoberta de extração seria menos prejudicial ao meio ambiente
Denis Fougerouse, Pesquisador da Escola de Ciências Da Terra e Planetária da Universidade de Curtin, trabalhou nesta pesquisa e sugere que o processo de extração de ouro da pirita com essa nova descoberta seria menos prejudicial ao nosso meio ambiente do que os processos tradicionais.
“Os locais de luxação dentro dos cristais poderiam potencialmente oferecer um lixiviação parcial aprimorada ou um alvo para as bactérias atacarem e quebrarem o cristal, liberando o minério em um processo conhecido como ‘biolixiviação'”, disse Fougerouse, “reduzindo potencialmente o consumo de energia necessário para a extração“.
Bibliografia:
Artigo: A new kind of invisible gold in pyrite hosted in deformation-relateddislocations
Autores: Denis Fougerouse, Steven M. Reddy, Mark Aylmore, Lin Yang, Paul Guagliardo, David W. Saxey, William D.A. Rickard, Nicholas Timms
Revista: Geology