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Pintura solar nos carros elétricos: 20 mil km só com o sol? Tecnologia da Mercedes promete autonomia nas estradas

Escrito por Débora Araújo
Publicado em 11/06/2025 às 14:25
Pintura solar nos carros elétricos 20 mil km só com o sol - Tecnologia da Mercedes promete autonomia nas estradas
Imagem gerada por inteligência artificial
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Nova pintura da Mercedes transforma o carro elétrico em gerador de energia, ampliando a autonomia com ajuda do sol — sem tomadas ou recargas externas.

A Mercedes-Benz está desenvolvendo uma tecnologia de pintura solar capaz de transformar a carroceria de carros elétricos em geradores de energia. A proposta, que usa um revestimento fotovoltaico ultrafino sobre a lataria, promete adicionar até 20 mil quilômetros de autonomia por ano apenas com luz solar — sem depender de tomadas ou recargas externas.

A inovação pode representar um avanço significativo no setor de mobilidade elétrica, especialmente em regiões com alta incidência solar. A pintura solar, ao contrário dos tradicionais painéis solares rígidos, cobre toda a carroceria do carro com uma camada de 5 micrômetros de espessura, pesando apenas 50 gramas por metro quadrado. A estimativa é que essa cobertura gere energia suficiente para atender parte relevante do deslocamento anual de um motorista médio.

Como funciona a pintura solar nos veículos

A tecnologia desenvolvida pela Mercedes-Benz aplica nanopartículas fotovoltaicas diretamente sobre a superfície do automóvel. Essa pintura solar captura a luz do sol e a converte em eletricidade, que pode ser utilizada para carregar a bateria do carro mesmo enquanto ele está estacionado.

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Cada metro quadrado pintado atua como um painel solar funcional. Em testes conduzidos na Europa e nos Estados Unidos, um carro de tamanho médio pintado com essa tecnologia foi capaz de gerar eletricidade suficiente para cobrir distâncias anuais de 12 mil quilômetros na Alemanha e até 20 mil quilômetros em cidades ensolaradas como Los Angeles.

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Eficiência e limitações do sistema da Mercedes

A eficiência energética da pintura solar gira em torno de 20%, valor comparável ao de painéis solares convencionais. No entanto, fatores como latitude, clima, sombra e posição do carro influenciam diretamente a geração de energia.

Na prática, isso significa que a tecnologia é mais eficaz em locais com alta incidência de luz solar durante o ano. Já em regiões nubladas ou com maior densidade urbana, o ganho de autonomia pode ser menor. Mesmo assim, a Mercedes aponta que a pintura pode suprir boa parte do deslocamento urbano diário, que gira em torno de 50 quilômetros em muitos países.

Vantagens ambientais e estruturais

Uma das principais vantagens da pintura solar é sua leveza. Por ser uma camada extremamente fina, não adiciona peso significativo ao veículo — fator essencial para manter a eficiência dos carros elétricos. Além disso, o material não utiliza silício, o que reduz o custo de produção e facilita a reciclagem.

Outra vantagem está na adaptação ao design dos veículos. A pintura se ajusta às curvas e superfícies do automóvel sem comprometer a estética ou a aerodinâmica, algo que limita o uso de painéis solares tradicionais em modelos comerciais.

Expectativas para o futuro da tecnologia

A Mercedes não divulgou uma data exata para a comercialização da tecnologia, mas afirma que o projeto está em fase avançada de desenvolvimento. O objetivo é incorporar a pintura solar a modelos elétricos da marca a partir de 2040, depois de concluir testes de durabilidade, resistência e viabilidade econômica.

Enquanto isso, outras montadoras e startups também exploram o uso da energia solar em veículos. Modelos como o Lightyear One e o Stella Vita já utilizam painéis solares em áreas específicas da carroceria. No entanto, a abordagem da Mercedes difere por propor cobertura total com tinta fotovoltaica, o que amplia a capacidade de geração de energia.

Aplicações além dos veículos

Embora o foco inicial seja o setor automotivo, a Mercedes avalia a possibilidade de aplicar a pintura solar em outras superfícies, como telhados de estacionamentos, trens e estruturas urbanas. A ideia é criar sistemas de captação de energia mais discretos, leves e sustentáveis, reduzindo a dependência de fontes tradicionais.

A evolução dessa tecnologia também pode impulsionar o conceito de “carregamento passivo”, onde o carro recarrega automaticamente ao ser exposto ao sol, reduzindo a demanda por estações de recarga e oferecendo mais autonomia aos usuários.

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Débora Araújo

Débora Araújo é redatora no Click Petróleo e Gás, com mais de dois anos de experiência em produção de conteúdo e mais de mil matérias publicadas sobre tecnologia, mercado de trabalho, geopolítica, indústria, construção, curiosidades e outros temas. Seu foco é produzir conteúdos acessíveis, bem apurados e de interesse coletivo. Para sugestões de pauta, correções ou contato direto: deborasthefanecruz@gmail.com

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