O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou alta de 3,4% em 2024, impulsionado pelos setores de serviços e indústria.
O desempenho econômico do Brasil foi diretamente influenciado por diversos fatores ao longo do ano. Conforme os dados do IBGE, o PIB atingiu R$ 11,7 trilhões em 2024, refletindo o crescimento de 3,7% no setor de serviços, impulsionado por tecnologia, comunicação e turismo. A indústria avançou 3,3%, com destaque para a construção civil, que manteve um crescimento constante. Por outro lado, a agropecuária registrou retração de 3,2%, principalmente devido a eventos climáticos adversos, como secas e enchentes ocorridas entre junho e setembro de 2024. Ao mesmo tempo, o consumo das famílias aumentou 4,8%, contribuindo significativamente para a sustentação do crescimento econômico. No entanto, no quarto trimestre de 2024, o crescimento desacelerou para 0,2%, evidenciando um ritmo mais contido na economia, conforme relatório do Banco Central publicado em fevereiro de 2025.
Setores que impulsionaram a economia
Serviços: Pilar do crescimento econômico
O setor de serviços foi o principal responsável pela expansão do PIB, representando uma parcela significativa da economia brasileira. A tecnologia da informação e comunicação teve crescimento de 6,2%, impulsionado pela digitalização e expansão da conectividade. Outras atividades de serviços cresceram 5,3%, consolidando a importância do setor no contexto econômico. Da mesma forma, o comércio varejista e atacadista avançou 4,1%, fortalecendo ainda mais a demanda interna. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), esse crescimento foi mais expressivo no segundo semestre de 2024.
Indústria: Construção civil como destaque
A indústria manteve uma trajetória de recuperação, reforçando sua relevância para a economia nacional. O setor da construção civil cresceu 4,3%, impulsionado pelo aumento da oferta de crédito e novos investimentos. A produção industrial também apresentou avanço, impulsionada pelo crescimento da demanda interna. Dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) apontam que o crescimento foi mais intenso nos últimos meses de 2024, refletindo o fortalecimento dos setores produtivos.
-
Férias antecipadas podem virar dor de cabeça se você ignorar essa regra da CLT
-
Governo do ES lança licitação para mega obra de R$ 228 milhões na Serra
-
Nova lei trabalhista trava demissão e obriga empresas a garantir 30 dias de estabilidade ao empregado
-
Sem proteção contra importados, Usiminas investirá R$ 1,7 bilhão até 2029 em MG
Agropecuária: Impactos e desafios
A agropecuária, historicamente um dos setores mais dinâmicos do PIB, enfrentou desafios significativos em 2024. Após crescer 15,1% em 2023, o setor teve uma queda de 3,2% devido a instabilidades climáticas e oscilações no preço das commodities. Além disso, eventos extremos como secas e enchentes comprometeram a produção agrícola, exigindo readequação do setor para mitigar riscos. O Ministério da Agricultura, em seu relatório de dezembro de 2024, indicou que o impacto climático foi um dos principais fatores que limitaram o crescimento do agronegócio.
Fatores que influenciaram a economia
Taxa Selic e política monetária
A política monetária teve papel crucial no desempenho econômico de 2024, sendo um fator de ajuste para controlar a inflação e a oferta de crédito. O Banco Central elevou a Selic para 13,25% ao ano em janeiro de 2024, afetando diretamente o consumo e os investimentos. Essa elevação levou empresas e consumidores a adotarem um comportamento mais cauteloso, impactando setores dependentes de crédito. O impacto da Selic elevada será monitorado ao longo de 2025, conforme diretrizes do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Inflação e poder de compra
A inflação continuou como um desafio relevante, impactando o orçamento das famílias e restringindo o consumo em diversas áreas. Dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) revelam que a inflação encerrou 2024 em 5,6%, sendo um dos principais fatores de preocupação econômica. O custo dos alimentos permaneceu elevado, segundo relatório do Ministério da Fazenda publicado em fevereiro de 2025.
Projeções para 2025: O que esperar?
Os analistas indicam um crescimento mais moderado para 2025, exigindo planejamento estratégico para manter a economia estável. O Ministério da Fazenda estima um avanço de 2,3% no PIB, enquanto o Banco Central projeta um crescimento de 2,1%. Já o mercado financeiro, conforme relatório Focus, prevê um PIB de 2,01% em 2025. Essas projeções foram revisadas em março de 2025 para refletir o impacto das políticas monetárias e fiscais.
A economia brasileira apresentou crescimento sólido em 2024, com setores estratégicos impulsionando o PIB, apesar dos desafios enfrentados pelo agronegócio e pelo impacto da inflação. Contudo, os sinais de desaceleração no último trimestre de 2024 indicam a necessidade de ajustes econômicos. A atenção do mercado permanecerá voltada para as decisões do governo e do Banco Central, conforme o Boletim Macrofiscal do Ministério da Fazenda, publicado em fevereiro de 2025. Diante desse cenário, o equilíbrio entre políticas fiscais e monetárias será essencial para manter a trajetória de crescimento sustentável em 2025.