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Petróleo e gás, setor mais aquecido do que nunca: até 2032 serão produzidos no pré-sal, cerca de 7,7 BILHÕES de barris em partilha

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 03/12/2022 às 09:12
Atualizado em 14/12/2022 às 18:02
Petróleo, óleo, pré-sal
Foto: Reprodução presalpetroleo.gov.br

Com essa produção bilionária nos campos de pré-sal, cerca de 1,9 bilhão de barris deverão ir para a União

Provando ser um setor super aquecido, o setor de petróleo e gás de produção brasileira nos campos da camada pré-sal deverá somar, até 2032, cerca de 7,7 bilhões de barris de petróleo dentro do regime de partilha, sendo 1,9 bilhão de barris para a União, de acordo com o site Bem Paraná.

Essa previsão foi divulgada pela Pré-Sal Petróleo (PPSA), empresa ligada ao Ministério de Minas e Energia, no dia 29 de novembro pelo diretor-presidente da estatal, Eduardo Gerk, durante a abertura do 5º Fórum Técnico Pré-Sal Petróleo.

A área do polígono do pré-sal se limita ao litoral norte de Santa Catarina até o sul do Espírito Santo, de área exploratória de 149 mil quilômetros quadrados (km²), a uma profundidade de até 7 mil metros.

Custos por fora da exploração de petróleo no pré-sal

Os custos da operação de exploração de petróleo, de acordo com os contratos de partilha, são diminuídos do valor total e o excedente de óleo que ultrapassar é partilhado entre a empresa ou consórcio vencedor da licitação da área e a União.

Segundo a Gerk, o palpite se baseia em 19 contratos somados aos campos que estão quase entrando em operação, sendo que 80% desse volume vêm de campos que já possui declaração de comercialidade.

“Nós temos uma impressionante subida na produção dos poços do petróleo, saindo em 2023 da ordem de 800 mil barris por dia e atingindo perto de 3 milhões de barris por dia lá por volta de 2029, 2030. Já tínhamos apresentado isso no ano passado e estamos ratificando esses números. Fizemos a segmentação entre o que já tem declaração de comercialidade e o que não tem, mas 80% da produção já está praticamente garantida”.

Milhões de barris de petróleo por dia

O diretor ainda destacou que a de produção total de petróleo no Brasil até o ano de 2029 é de 5,4 milhões de barris de petróleo diários, sendo que mais da metade dessa quantidade originária do regime de partilha do pré-sal.

“No próprio ano de 2029, dos 5,4 milhões de barris nós temos 4,3 milhões vindo de todo o pré-sal. Então, quando a gente chega no ponto máximo, há uma produção de petróleo de 2,9 milhões nos contratos de partilha de produção, dos quais a PPSA é responsável por gerir e comercializar esse petróleo. Desse petróleo todo, a parcela da União chega a um patamar perto de um milhão de barris por dia em 2031”.

Segundo Eduardo, esse fato fará a União ter uma produção de petróleo por dia semelhante a países como China, Colômbia, Reino Unido e Venezuela. Além disso, o diretor afirmou que a arrecadação que estimada para a venda do óleo da União pode chegar a US$ 29,4 bilhões em 2031, acumulando US$ 157 bilhões até 2032.

“O recolhimento com royalties acumulados será da ordem de RS$ 100 bilhões até 2032 e com tributos sobre o lucro das empresas a cifra é da ordem de RS$ 87 bilhões”, completa o executivo. Com isso, as receitas destinadas aos cofres públicos serão de US$ 344 bilhões na próxima década.

O capital destinado para os anos seguintes serão de US$ 72,5 bilhões, sendo necessário 21 navios-plataforma (FPSO, da sigla em inglês para Floating Productions Storge and Offloading) e 319 poços, entre produtores, injetores e de exploração.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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