Recorde histórico reforça a importância do petróleo e gás no pré-sal para o desenvolvimento energético e econômico do Brasil
O petróleo e o gás no pré-sal continuam a se firmar como pilares fundamentais da matriz energética brasileira. Em setembro de 2025, o Brasil atingiu um novo recorde de produção, totalizando 4,143 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), conforme os dados divulgados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).
Assim, o resultado confirma o papel estratégico das reservas do pré-sal na consolidação do país como um dos principais produtores globais de energia.
Além disso, a produção total nacional de petróleo e gás, que soma os volumes do pré-sal, pós-sal e campos terrestres, chegou a 5,114 milhões de boe/d. Embora o recorde geral de julho, com 5,160 milhões, ainda não tenha sido superado, o crescimento constante indica a solidez do setor.
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Produção de petróleo no pré-sal bate recorde histórico e consolida o Brasil entre os maiores produtores globais
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Dessa forma, o destaque de setembro ficou para o aumento contínuo do pré-sal, responsável por mais de 80% de toda a produção nacional.
O protagonismo do pré-sal na matriz energética brasileira
Desde sua descoberta em 2006, o pré-sal transformou a história da indústria petrolífera no Brasil. Localizado sob uma espessa camada de sal e a grandes profundidades, o conjunto de reservas marítimas se estende por mais de 800 quilômetros ao longo da costa sudeste.
No início, a exploração parecia um desafio técnico e financeiro. No entanto, com o avanço das tecnologias e a consolidação da expertise nacional, o país passou a ocupar posição de destaque entre os maiores produtores de petróleo do mundo.
Em setembro, a produção de petróleo e gás no pré-sal cresceu 2,7% em relação a agosto e 12,5% em comparação com o mesmo mês de 2024. Esses números demonstram o amadurecimento das políticas públicas e a eficiência das operações nas plataformas.
Além disso, o pré-sal, explorado por 169 poços ativos, produziu 3,209 milhões de barris de petróleo por dia e 148,37 milhões de metros cúbicos de gás natural.
Portanto, o desempenho reforça o papel do pré-sal como motor de crescimento econômico e tecnológico. O avanço da produção impulsiona investimentos em infraestrutura, pesquisa e inovação, gerando empregos e movimentando diversos setores industriais.
A importância do aproveitamento do gás natural
Outro aspecto essencial é o aproveitamento do gás natural, que atingiu 97,9% em setembro. Esse número mostra que quase toda a produção foi destinada ao mercado interno, enquanto a queima reduziu 16,1% em relação ao mês anterior.
Essa melhoria, portanto, é resultado de estratégias eficientes voltadas à redução de perdas e emissões.
Além de reduzir o impacto ambiental, o gás natural representa uma fonte de energia de transição, pois emite menos carbono que o petróleo ou o carvão.
Por esse motivo, seu uso crescente reforça o compromisso do Brasil com a sustentabilidade e a descarbonização.
Além disso, investimentos em infraestrutura de transporte e compressão vêm permitindo o escoamento mais eficiente do gás das plataformas até os centros consumidores.
Economicamente, o gás natural é igualmente relevante. Ele abastece usinas termelétricas, impulsiona indústrias e serve como matéria-prima para fertilizantes e produtos químicos.
Assim, sua valorização contribui para aumentar a competitividade nacional e fortalecer a segurança energética do país.
Campos e plataformas que impulsionam a produção
Entre os campos que mais se destacaram em setembro está o campo de Tupi, localizado na Bacia de Santos, que produziu 818,08 mil barris de petróleo por dia e 40,48 milhões de metros cúbicos de gás natural.
Além disso, o FPSO Almirante Tamandaré, operando nos campos de Búzios e Tambuatá, registrou a maior produção de petróleo, com 222,16 mil barris diários.
Por outro lado, o FPSO Guanabara, que atua na jazida compartilhada de Mero, obteve a maior produção de gás natural, alcançando 12,13 milhões de metros cúbicos por dia.
Esses números confirmam o sucesso do modelo de unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência (FPSOs), cuja flexibilidade operacional garante alta eficiência e estabilidade.
Atualmente, cerca de 97,6% do petróleo e 85,7% do gás natural brasileiros são produzidos em campos marítimos.
Além disso, a Petrobras e seus consórcios respondem por mais de 91% da produção total, o que evidencia sua liderança tecnológica e operacional em ambientes complexos e de grande profundidade.
O papel da tecnologia e da sustentabilidade no futuro do pré-sal
O sucesso do petróleo e gás no pré-sal vai muito além da abundância das reservas. Ele se sustenta em robustos investimentos em tecnologia e inovação.
Por meio de técnicas avançadas de perfuração em águas ultraprofundas, uso de inteligência artificial para monitoramento de poços e sistemas automatizados de segurança, o Brasil ampliou a produtividade e reduziu custos operacionais.
Ao mesmo tempo, a tecnologia tem contribuído para reduzir o impacto ambiental das atividades.
O uso de sistemas de reinjeção de gás, por exemplo, evita emissões e mantém a pressão dos reservatórios, aumentando a eficiência da extração.
Além disso, a integração com energias renováveis, como eólica offshore e biocombustíveis, vem ganhando espaço como caminho para um setor mais sustentável.
Outro aspecto relevante é o investimento em pesquisa e formação de profissionais qualificados.
Universidades e centros de pesquisa nacionais têm colaborado com empresas do setor para criar soluções mais eficientes e ambientalmente responsáveis.
Assim, a combinação entre ciência, indústria e políticas públicas garante que o Brasil avance com equilíbrio entre produção e preservação.
Perspectivas e desafios para os próximos anos
Embora o recorde de setembro destaque o vigor do setor, o pré-sal ainda enfrenta desafios estruturais.
Entre eles, estão a necessidade de expandir a infraestrutura de escoamento, melhorar a logística portuária e diversificar a destinação dos recursos arrecadados com a produção.
Além disso, é essencial manter políticas de incentivo que promovam inovação e sustentabilidade.
Nos próximos anos, o Brasil deverá ampliar ainda mais sua produção, sobretudo com a entrada em operação de novas plataformas e o desenvolvimento de áreas pouco exploradas.
Dessa maneira, o país tem potencial para consolidar-se como uma referência mundial em eficiência e responsabilidade ambiental.
Entretanto, o crescimento precisa ser acompanhado por gestão responsável dos recursos e pelo fortalecimento das políticas de transição energética.
Nesse contexto, o pré-sal desempenha papel estratégico ao equilibrar a expansão da produção de combustíveis fósseis com os compromissos climáticos internacionais.
Por fim, o pré-sal, símbolo de uma das maiores descobertas de petróleo do século XXI, continua a escrever um capítulo essencial na história energética do Brasil.
Com inovação constante, responsabilidade ambiental e visão de longo prazo, o país tem condições de manter-se entre os principais produtores do mundo.
Assim, é possível conciliar desenvolvimento e sustentabilidade de forma equilibrada e duradoura.

                        
                                                    
                        
                        
                        
                        
        
        
        
        
        
        
        
        
        
        
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