Nesta quinta-feira (2), as ações da Petrobras operam em forte alta pegando carona na disparada dos preços do petróleo, após o presidente norte-americano Donald Trump declarar que aguarda um acordo entre a Arábia Saudita e Rússia. As ações da estatal atingiram hoje o maior patamar de preço em quase um mês. Em meio a toda essa crise, a estatal anunciou ontem que vai prorrogar salários e cortar produção de 200 mil barris diários de petróleo.
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Por volta de 12h15, os papéis ON da Petrobras disparavam 16,12%, a R$ 16,50 — as maiores cotações desde o começo de março, quando os mercados já sentiam os impactos do surto de coronavírus.
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O fortalecimento dos ativos da Petrobras ocorreu em paralelo à disparada do petróleo: no momento, o Brent com vencimento em junho sobe 20,57%, a US$ 29,85 o barril, enquanto o WTI para maio avança 24,82%, a US$ 25,46.
A informação passada pelo presidente americano, com um número concreto para o corte de produção, fez a cotação do petróleo disparar e animou as bolsas globais, que se firmaram no campo positivo. Por aqui, o Ibovespa ganhou força e, agora, já sobe mais de 3%
Apesar de o salto de 20% nas cotações da commodity ser expressivo, vale ressaltar que os níveis de preço ainda estão relativamente baixos, na faixa entre US$ 25 e US$ 30 o barril — em abril do ano passado, o petróleo era negociado na faixa entre US$ 60 e US$ 70 o barril.
Trump também disse que convidou executivos da indústria de petróleo à Casa Branca para discutir meios de ajudar o setor, prejudicado pela queda da demanda por energia em meio à pandemia de coronavírus e pela guerra de preços entre russos e sauditas.
E, por volta das 11h30, Trump voltou a tocar no assunto, desta vez via Twitter. E, desta vez, foi ainda mais incisivo em suas declarações:
Just spoke to my friend MBS (Crown Prince) of Saudi Arabia, who spoke with President Putin of Russia, & I expect & hope that they will be cutting back approximately 10 Million Barrels, and maybe substantially more which, if it happens, will be GREAT for the oil & gas industry!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) April 2, 2020