Petroleiros protestaram hoje (30), em vários pontos do país, contra a venda das refinarias e constantes aumentos de preços dos combustíveis, e convocam trabalhadores e a população para uma manifestação nacional no dia 6 de maio – O dia nacional de luta contra as privatizações.
Os trabalhadores iniciaram hoje na Bahia, Minas Gerais e Paraná protestos contra as vendas das refinarias da Petrobras: Landulpho Alves – RLAM, Gabriel Passos – REGAP e Usina do Xisto – SIX. Além disso, os protestos são contra os aumentos constantes dos preços dos combustíveis, o último deles anunciado hoje pela Petrobras com alta de 3,5% da gasolina. As refinarias fazem parte das 13 unidades da estatal que serão vendidas, conforme anúncio feito na última sexta-feira, 26 de Abril.
Protesto Landulpho Alves – RLAM
Representantes do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro – BA) fazem um protesto, na manhã de hoje, 30 de Abril, em frente à Refinaria Landulpho Alves, em São Francisco do Conde, contra a venda da unidade pela Petrobras. Com a manifestação, as atividades foram suspensas.
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A categoria ficou no local até umas 10h e após se reuniram em uma assembleia. De acordo com o Sindipetro, a depender do resultado da assembleia, as atividades podem ser suspensas durante o todo dia. Segundo o sindicato, o protesto afeta o tráfego da região da BA-523, em São Francisco do Conde.
O diretor do Sindipetro da Bahia, Radiovaldo Costa, estima que a RLAM tem atualmente cerca de 3 mil empregos diretos. “O anúncio da venda gera muita incerteza do que vai acontecer”, lamentou.
A refinaria da Petrobras Landulpho Alves, entrou em operação em 17 de setembro de 1950, sendo a segunda refinaria construída no país e a primeira do sistema Petrobras, onde iindiscutivelmente cumpriu seu papel, sem a RLAM o estado da Bahia não teria o desenvolvimento econômico que possui hoje.
Protesto Usina do Xisto – SIX
Os trabalhadores da Usina do Xisto (SIX) realizaram nesta manhã de terça-feira, por volta das 07h, uma manifestação em frente à unidade industrial, em São Mateus do Sul, na região centro sul do Paraná. Estão na lista para a privatização a SIX e a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), localizada em Araucária, na região metropolitana de Curitiba.
A unidade emprega mil trabalhadores diretos e outros três mil indiretos. Isso em município de 45 mil habitantes. Estima-se que a existência da unidade traga alguma forma de renda para pelo menos um terço da população são-mateuense. Em 2015, a SIX gerou R$ 98 milhões em impostos e royalties. A Prefeitura de São Mateus, que ficou com uma fatia de R$ 20 milhões, teve com a Usina aproximadamente 40% de sua arrecadação total naquele ano.
O Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro) teme sobre o risco que o processo de privatização traz à Usina do Xisto, trazendo o risco de fechamento como ocorreu com as Fábricas de Fertilizantes (Fafens) dos estados da Bahia e Sergipe que foram colocadas à venda no ano passado, mas não apareceram compradores. Diante disso, a companhia resolveu hibernar as fábricas, ou seja, fechou-as.
Protesto Gabriel Passos – REGAP
A manifestação começou por volta das 7h30, durante a troca de turno dos trabalhadores da REGAP. Os sindicalistas fazeram discursos no caminhão de som e o ato seguiu pacífico. o movimento contou com participação de outros sindicatos, como dos Correios e dos Metalúrgicos.
O coordenador do Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro-MG), Anselmo Braga afirma que com a privatição os preços dos combustíveis irão subir mais, e que ele não descarta greve da categoria. O sindicato irá participar nesta terça-feira de uma audiência pública na Assembleia legislativa do Estado de Minas Gerais para falar sobre a usina de biodiesel em Monte Claros, no Norte de Minas.