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Petrobras vai gerar 8 MIL vagas de emprego com retomada triunfal de obra bilionária abandonada há 10 anos

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 26/10/2024 às 13:22
Petrobras retoma projeto bilionário de fertilizantes no MS, gerando 8 mil empregos. Unidade terá capacidade de produção de ureia e amônia.
Petrobras retoma projeto bilionário de fertilizantes no MS, gerando 8 mil empregos. Unidade terá capacidade de produção de ureia e amônia.

Petrobras retoma obras com investimento de R$ 3,5 bilhões. Expectativa é gerar 8 mil empregos, reduzindo dependência externa e fortalecendo economia local.

Uma decisão estratégica da Petrobras promete mudar os rumos do setor de fertilizantes no Brasil e atrair milhares de empregos para Mato Grosso do Sul.

A estatal anunciou a retomada das obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), um projeto de proporções bilionárias que estava abandonado há uma década.

Com essa movimentação, a maior produtora de ureia e amônia da América do Sul deve finalmente ser finalizada, marcando um novo capítulo para o setor de fertilizantes e para o desenvolvimento regional.

A retomada do projeto foi aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobras e deverá gerar até 8 mil vagas de emprego durante a fase de construção, com 600 vagas adicionais quando a unidade entrar em operação.

De acordo com a Petrobras, o empreendimento, localizado em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, recebeu um provisionamento de R$ 3,5 bilhões para a busca de novos parceiros.

Esse investimento marca a fase inicial do planejamento estratégico da estatal, com projeção de conclusão para 2026 e início da operação previsto para 2028.

Compromisso Regional E Liderança Política

O projeto da UFN3 ganhou novo fôlego após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o apoio político da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, que fez da conclusão desta obra uma de suas bandeiras de campanha.

Tebet, natural de Três Lagoas, esteve ativamente engajada nas negociações para acelerar a retomada do empreendimento, considerando-o essencial para o fortalecimento da economia local e nacional.

Detalhes do Investimento e Parcerias

Até o momento, a Petrobras já investiu aproximadamente R$ 3,9 bilhões no projeto, que estava 80% concluído antes de ser paralisado em 2014.

A estatal informou que, apesar dos anos de inatividade, a estrutura da UFN3 encontra-se bem conservada, embora sejam necessários alguns ajustes para concluir as obras.

Segundo a empresa, a aprovação do Conselho é apenas o primeiro passo, e a Petrobras agora buscará parceiros no mercado para finalizar o projeto, com a expectativa de receber propostas até o primeiro semestre de 2025.

A unidade terá capacidade de produção significativa de ureia e amônia, utilizando como matéria-prima água e gás natural e sendo autossuficiente em energia elétrica.

O fornecimento de gás deverá vir, preferencialmente, do gasoduto Bolívia-Brasil, com planos de contingência em caso de eventuais interrupções do fornecimento boliviano.

Implicações econômicas e sociais para o Centro-Oeste

Em visita ao Rio de Janeiro, o governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, e a ministra Tebet, além de outras autoridades estaduais, reuniram-se com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, para alinhar o cronograma e estratégias para a obra.

O governador destacou que a unidade trará uma “mudança estrutural” para a região, ampliando a oferta de fertilizantes e reforçando a economia local.

Chambriard, por sua vez, reconheceu a importância da UFN3 para o Brasil, especialmente para o Centro-Oeste.

Durante o encontro, a presidente foi convidada a visitar o futuro complexo de fertilizantes, para acompanhar de perto o avanço das obras.

Este evento marca um esforço coordenado entre a Petrobras e o governo estadual para garantir que o cronograma avance conforme planejado.

Uma década de imbróglios e desafios

A construção da UFN3 começou em 2011, mas em 2014 as obras foram suspensas devido a escândalos de corrupção envolvendo empresas do consórcio responsável.

Desde então, a Petrobras fez diversas tentativas para vender a planta, sem sucesso.

Em 2018, por exemplo, tentou incluir a unidade de Araucária Nitrogenados no pacote, mas a combinação complicou a negociação.

Em 2020, a gigante russa Acron tentou comprar a UFN3, mas problemas na Bolívia interferiram, adiando o processo de venda.

Depois de várias tentativas e negociações falhas, o processo de venda foi oficialmente encerrado em janeiro de 2023.

Com isso, a expectativa pela retomada do projeto cresceu, especialmente entre os trabalhadores e moradores de Três Lagoas, que veem na conclusão da UFN3 uma oportunidade de recuperação econômica e geração de empregos.

Expectativas e projeções

A Petrobras pretende iniciar a construção ainda durante o mandato de Lula e do governador Riedel.

No entanto, considerando o tempo de construção de até 18 meses, o prazo já é apertado, e os líderes políticos buscam agilizar ao máximo o início das obras para cumprir o cronograma.

A expectativa é que a UFN3 esteja em plena operação em 2028, atendendo a um mercado crescente e estratégico para o setor agrícola brasileiro.

Com a retomada das obras, você acredita que a produção nacional de fertilizantes poderá reduzir nossa dependência de importações e fortalecer a economia do Centro-Oeste?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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