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Petrobras tenta antecipar avaliação para garantir licenciamento ambiental antes do vencimento do contrato da sonda em outubro

Publicado em 28/07/2025 às 14:55
Ibama solicita simulação de emergência da Petrobras para liberar licença ambiental na Foz do Amazonas. Reunião sobre plano acontece em agosto.
Ibama solicita simulação de emergência da Petrobras para liberar licença ambiental na Foz do Amazonas. Reunião sobre plano acontece em agosto. Imagem: Canva.
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Ibama solicita simulação de emergência da Petrobras para liberar licença ambiental na Foz do Amazonas. Reunião sobre plano acontece em agosto.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) solicitou à Petrobras a entrega do plano de simulação de emergência para um possível vazamento de óleo na região da Foz do Amazonas, localizada no extremo norte do litoral brasileiro. A reunião que irá avaliar a proposta está marcada para o dia 12 de agosto e representa o último passo necessário para que a estatal avance com o pedido de licença para perfuração de poços na bacia.

A exigência do órgão ambiental ocorre em meio à pressa da Petrobras, que tenta antecipar a Avaliação Pré-Operacional (APO) e garantir a execução da simulação ainda em agosto.

O motivo da urgência: o contrato da sonda que será usada na perfuração expira em outubro, o que pode acarretar custos extras caso o cronograma atrase.

Petrobras pressiona por resposta antecipada do Ibama

Preocupada com os prazos, a Petrobras solicitou formalmente que a reunião sobre a APO seja antecipada para o dia 4 de agosto.

Além disso, pediu que o Ibama autorize a movimentação da sonda NS-42, atualmente posicionada na costa do Pará.

Segundo a empresa, todos os recursos logísticos já estão prontos para a realização da simulação, incluindo helicópteros, embarcações de emergência, centros de atendimento à fauna e uma equipe técnica mobilizada.

A APO serve para testar a capacidade da companhia de reagir a um cenário realista de vazamento de petróleo em alto-mar, além de verificar a aplicação do Plano de Proteção à Fauna, que já foi aprovado pelo Ibama.

Foz do Amazonas é prioridade estratégica para a Petrobras

A bacia da Foz do Amazonas é considerada uma das novas fronteiras energéticas do Brasil. A Petrobras tem planos ambiciosos para explorar pelo menos oito poços na região ao longo da campanha. Cada perfuração pode levar entre quatro e seis meses, o que exige planejamento logístico detalhado.

Durante o último leilão promovido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), a estatal arrematou, em consórcio com a ExxonMobil, dez blocos exploratórios na região.

O consórcio Chevron/CNPC também levou outros nove blocos. Ao todo, os investimentos na Foz somaram R$ 845 milhões em bônus de assinatura, o que mostra o potencial de exploração da área.

Licença depende da simulação e de nova análise ambiental

Apesar do avanço técnico e do investimento bilionário, a operação ainda depende da liberação ambiental final. O Ibama reforça que, antes de autorizar a perfuração, é necessário validar a simulação e garantir que a Petrobras está preparada para lidar com eventuais emergências ecológicas.

Por se tratar de uma área sensível, rica em biodiversidade marinha e com presença de comunidades costeiras, a perfuração offshore na Foz do Amazonas demanda um nível elevado de controle e monitoramento ambiental. O impasse entre a pressa da Petrobras e os critérios rígidos do Ibama ainda mantém a licença em análise.

Enquanto a Petrobras busca acelerar o processo, o Ibama mantém o cronograma dentro dos prazos legais e aguarda a apresentação formal dos planos para a APO.

O desfecho da questão definirá o futuro da exploração na Foz do Amazonas, que pode se tornar um dos maiores polos de produção energética do país — desde que conciliada com a preservação ambiental.

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Andriely Medeiros de Araújo

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