Petrobras e Vale formam parceria inédita para impulsionar combustíveis renováveis no Brasil. Aumentando o refino e explorando novas reservas, Petrobras promete inovações.
A Petrobras se une com a Vale, e o foco é revolucionário: o uso de combustíveis renováveis.
As duas gigantes pretendem dar um passo importante para reduzir suas pegadas de carbono. Contudo, o impacto real desse projeto ainda está por ser revelado.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, revelou durante um encontro com jornalistas nesta segunda-feira (14) que a parceria com a Vale visa utilizar diesel e bunker – um combustível marítimo – com conteúdo renovável em suas frotas.
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Segundo informações de O Globo, a executiva descreveu o diesel R5, que contém 5% de componentes renováveis, como “chuchuzinho”.
A expectativa é que esse combustível seja amplamente adotado pelas duas empresas, marcando um passo significativo para a descarbonização no setor.
A nova colaboração reforça um plano de negócios ambicioso que a Petrobras pretende anunciar em novembro, abrangendo o período de 2025 a 2029.
Magda destacou a importância de investir em mais plataformas e aumentar a capacidade de refino, tudo para reduzir a dependência de importações.
Conforme noticiado pelo jornal O Globo, a executiva indicou que os esforços para tornar a Petrobras uma empresa mais ágil e eficiente estão diretamente ligados a esse projeto renovável.
Expansão de refinarias e a retomada de antigas operações
Para fortalecer a presença no mercado interno, a Petrobras ampliará suas operações de refino no Brasil.
A primeira fase dessa expansão está prevista para outubro e novembro, com a finalização do primeiro trem da Refinaria Abreu e Lima (Rnest).
Esse projeto adicionará 25 mil barris de diesel por dia à produção.
Além disso, há planos para retomar as operações do antigo Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), agora conhecido como Complexo de Energias Boaventura, para aumentar em até 50% a produção de derivados no estado, como aponta O Globo em sua cobertura recente.
Apostas no mercado externo e possibilidades no setor de plataformas
Além do território nacional, a Petrobras busca novas oportunidades de exploração e produção.
Conforme detalhado por O Globo, Sylvia dos Anjos, diretora de Exploração e Produção, revelou que a estatal já identificou potenciais reservas na Margem Equatorial e está aguardando a aprovação do Ibama para realizar perfurações na Foz do Amazonas.
A expectativa é que até o final de 2024 a estatal receba um retorno favorável da agência ambiental, o que pode alavancar ainda mais os negócios.
Em relação às plataformas, Magda Chambriard enfatizou o potencial de longo prazo na Bacia de Campos.
Um grupo de trabalho foi estabelecido para avaliar a viabilidade de reaproveitar plataformas antigas, como P35, P37, P47 e P19, visando aumentar a produção.
A reavaliação do descomissionamento dessas unidades pode gerar valor significativo aos acionistas, segundo Chambriard.
Parcerias internacionais e novos contratos
Com os olhos voltados para o mercado internacional, a Petrobras celebrou recentemente contratos de concessão em parceria com a Shell e a CNOOC na região de Pelotas, Rio Grande do Sul.
A área apresenta um potencial elevado, comparável à Namíbia, que possui estimativas de até 11 bilhões de barris de petróleo.
Esse consórcio será liderado pela Petrobras com participação de 50%, enquanto Shell e CNOOC manterão participações de 30% e 20%, respectivamente.
Além disso, os investimentos em plataformas de grande porte continuam a ser prioridade. A estatal está finalizando a construção das plataformas P84 e P85, que atenderão aos campos de Sépia e Atapu.
Segundo O Globo, essas unidades têm capacidade de produção de 225 mil barris por dia cada uma e marcam o início de uma nova era para a Petrobras, impulsionando a extração em águas profundas.
Projeções financeiras e dividendos
No campo financeiro, a Petrobras prevê a possibilidade de dividendos extraordinários no novo plano de negócios.
De acordo com O Globo, o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Fernando Melgarejo, não descarta essa possibilidade, caso a empresa registre um caixa acima do mínimo estabelecido, estimado anteriormente em US$ 8 bilhões.
Investimentos em fertilizantes e foco no agronegócio
Além das apostas no setor de combustíveis, a estatal também planeja investimentos no segmento de fertilizantes.
A unidade de fertilizantes nitrogenados Ansa, localizada no Paraná, está projetada para fornecer até 700 mil toneladas por ano, o que corresponde a aproximadamente 10% da demanda nacional.
Essa expansão representa uma diversificação importante nas atividades da Petrobras, ampliando a participação da estatal no agronegócio e impulsionando a autossuficiência nacional em insumos agrícolas, conforme O Globo.