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Petrobras retrocede na decisão da privatização da subsidiária PBio e se prepara para novos investimentos no setor dos biocombustíveis com previsão de reativação da Usina de Quixadá, gerando muitos empregos no Ceará

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 06/02/2023 às 14:39
O retrocesso no processo de desinvestimento da subsidiária PBio acende novas discussões sobre a reativação da Usina de Quixadá, no Ceará. A Petrobras pretende realizar investimentos no ramo dos biocombustíveis para aproveitar o alto potencial do estado.
Foto: Juarez Cavalcanti/DIVULGAÇÃO

O retrocesso no processo de desinvestimento da subsidiária PBio acende novas discussões sobre a reativação da Usina de Quixadá, no Ceará. A Petrobras pretende realizar investimentos no ramo dos biocombustíveis para aproveitar o alto potencial do estado.

Iniciando a semana de olho no futuro do mercado energético nacional, a Petrobras está retrocedendo no plano de desinvestimento da Petrobras Biocombustíveis (PBio). A decisão pode acarretar na reativação da Usina de Quixadá, para o aproveitamento do alto potencial de produção de biodiesel na região do Ceará. A estatal se prepara para investimentos futuros em alternativas renováveis para o mercado energético nacional.

Reativação da Usina de Quixadá se torna cada vez mais provável com retrocesso no projeto de desinvestimento da Petrobras na subsidiária PBio

Com a nova presidência de Jean Paul Prates na estatal Petrobras, a petroleira se aproxima cada vez mais do Governo Lula para promover investimentos aos ativos estatais no mercado nacional.

Dessa forma, ela vem retrocedendo no plano de desinvestimento na subsidiária PBio, que poderá ser o foco da empresa ao longo dos próximos anos para o mercado de biocombustíveis no país.

Com isso, a reativação da Usina de Quixadá, localizada no estado do Ceará, se torna cada vez mais provável, acarretando grandes benefícios para o estado nordestino.

A informação sobre o possível plano para os biocombustíveis foi publicada pelo Estadão/Broadcast.

Bruno Iughetti, consultor da área de petróleo e gás, destacou que a decisão da empresa será bastante positiva para o mercado dos biocombustíveis no país, visto que atrairá fortes investimentos.

Além disso, a reativação da Usina de Quixadá trará ao estado do Ceará um novo olhar empreendedor, bem como novas oportunidades de empregos para os moradores da região.

“Eu acho extremamente delicada essa posição, mas extremamente positiva, até porque a Petrobras, além de ser uma empresa de petróleo, pode ser uma empresa de energia. Ela deve investir em bacias de petróleo e em biocombustíveis”, comentou Bruno.

O especialista comentou que a Petrobras não pode ser vista somente como uma empresa de petróleo e gás natural, mas sim como um patrimônio estatal voltado para as energias.

Dessa forma, os investimentos no setor de biocombustíveis com a PBio, se tornam cada vez mais necessários em um contexto de transição energética no país.

Reativação da Usina de Quixadá com os investimentos da PBio da estatal pode aquecer economia do Ceará com novas oportunidades de empregos

Além do impacto direto nos investimentos no setor dos biocombustíveis cearenses com a reativação da Usina de Quixadá, a decisão da Petrobras pode trazer outros fortes benefícios ao estado.

Expedito Parente Júnior, especialista em biocombustíveis e diretor de infraestrutura da Adece (Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará), destacou a geração de empregos como o principal deles.

Além disso, ele relembrou que as operações da PBio no setor dos combustíveis renováveis na região pode acarretar uma forte arrecadação de impostos governamentais.

A Usina de Quixadá pode ainda abrir espaço para empreendimentos ainda maiores no setor em todo o Nordeste.

“O impacto local seria grande até porque já vi unidades serem relançadas e o impacto local é enorme além de oferecer biodiesel e focar na transição energética” destacou o especialista da Adece.

Com o retrocesso no processo de privatização da PBio e a possibilidade da reativação da Usina de Quixadá, a Petrobras se prepara para um novo momento nos investimentos em biocombustíveis no país.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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