Ibama aprova plano ambiental da Petrobras para proteção da fauna oleada, etapa fundamental para viabilizar a perfuração de poço na Margem Equatorial. Próxima fase será simulação de emergência com mais de 400 profissionais.
A Petrobras obteve na última segunda-feira (19) a aprovação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o conceito de seu Plano de Proteção e Atendimento à Fauna Oleada (PPAF), documento essencial dentro do Plano de Emergência Individual (PEI).
Esse passo é considerado crucial para que a companhia avance na solicitação da licença ambiental que permitirá a perfuração de um poço exploratório em águas profundas no litoral do Amapá, em uma área remota localizada a mais de 160 quilômetros da costa e a mais de 500 quilômetros da foz do rio Amazonas.
Segundo nota técnica emitida pelo próprio Ibama, “a aprovação do conceito do PPAF indica que o plano, em seus aspectos teóricos e metodológicos, atendeu aos requisitos técnicos exigidos e está apto para a próxima etapa: a realização de vistorias e simulações de resgate de animais da fauna oleada”.
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Petrobras e Ibama irão simular resposta a vazamento de óleo em alto-mar
Com a aprovação conceitual, o próximo passo no processo é a realização da Avaliação Pré-Operacional (APO), que envolverá um exercício prático simulando um acidente com vazamento de óleo.
O objetivo é verificar a eficácia das medidas de emergência previstas, incluindo a resposta rápida, o resgate de fauna impactada e a articulação com órgãos públicos e demais partes interessadas.
A simulação contará com uma estrutura operacional de grande porte, envolvendo embarcações, helicópteros e a sonda de perfuração NS-42, que será deslocada para o ponto de perfuração. A operação reunirá mais de 400 profissionais especializados em resposta ambiental.
Petrobras reforça compromisso com rigor ambiental e segurança operacional
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou o comprometimento da estatal com os padrões regulatórios exigidos:
“A Petrobras vem cumprindo de forma diligente todos os requisitos e procedimentos estabelecidos pelos órgãos reguladores, licenciadores e fiscalizadores. Temos total respeito pelo rigor do licenciamento ambiental que esse processo exige. Estamos satisfeitos em avançar para essa última etapa e em poder comprovar que estamos aptos a atuar de forma segura na costa do Amapá. Vamos instalar na área a maior estrutura de resposta à emergência já vista em águas profundas e ultraprofundas”, afirmou.
Margem Equatorial pode abrir nova fronteira energética para o Brasil
A operação está inserida na estratégia da Petrobras de explorar a Margem Equatorial — faixa costeira que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte — considerada promissora para a produção de petróleo em águas profundas.
A empresa vê na região uma oportunidade estratégica de diversificação energética, que pode ampliar a segurança do fornecimento de energia ao país.
Todas as ações da Petrobras nessa área estão sendo conduzidas com base em protocolos ambientais rigorosos e em sua ampla experiência técnica em operações offshore.
O sucesso da perfuração poderá representar um novo ciclo para a indústria de óleo e gás no Brasil, em sinergia com os objetivos da transição energética.
Fonte: Agência Petrobras