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Petrobras pode dar passo ousado e recomprar refinaria vendida no governo passado; custo pode chegar a 4 bilhões

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 26/07/2024 às 18:10
Petrobras. (Imagem: reprodução)
Petrobras. (Imagem: reprodução)

Petrobras estuda recompra bilionária da refinaria vendida em 2021. Operação pode custar até US$ 4 bilhões! O que está em jogo nessa possível transação?

A Petrobras, gigante brasileira do setor de petróleo e gás, está considerando um movimento surpreendente: a recompra da refinaria de Mataripe, na Bahia, que havia sido vendida em 2021.

Essa decisão, se concretizada, poderá marcar um retorno estratégico ao controle de um ativo crucial para a empresa. Mas o que está em jogo e por que a estatal está interessada em reaver a refinaria?

Segundo informações do jornal Valor Econômico, a Petrobras está avaliando a possibilidade de recomprar 100% da participação na refinaria, uma operação que ainda depende de definições sobre o modelo da transação e, principalmente, do valor final.

O que se sabe até agora é que a auditoria do negócio (“due diligence”) está em curso, sem prazo definido para conclusão, o que traz um ar de incerteza sobre quando a decisão final será tomada.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) já foi informada sobre o progresso da auditoria, embora algumas informações ainda estejam em contradição.

De acordo com a entidade, há perspectivas de que o controle da refinaria Landulpho Alves, antiga denominação da unidade, seja transferido integralmente para a Petrobras. Contudo, fontes do Valor afirmam que a auditoria ainda não foi concluída.

O plano da Petrobras é retomar a posição de majoritária na refinaria, com discussões internas sugerindo uma aquisição que pode variar de 80% a 100% de participação.

Este movimento ganhou impulso após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) revisar, em maio, os termos de compromisso estabelecidos com a Petrobras em 2016 no setor de refino, permitindo à estatal adquirir a totalidade do empreendimento.

Com essa revisão, o grupo Mubadala Capital, atual proprietário através da Acelen, poderia deixar o negócio. A refinaria, vendida por US$ 1,65 bilhão em 2021, pode ter seu valor significativamente aumentado.

Estimativas do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) sugerem que o preço da transação pode chegar a até US$ 4 bilhões. A Petrobras ainda não determinou o valor exato da recompra, estando na fase de avaliação do valor do ativo.

Em um comunicado, a FUP destacou: “O valor de compra continua em negociação e considera o repasse de 100% do controle, conforme interesse também do grupo árabe”.

O desfecho da negociação também dependerá do interesse da Mubadala Capital em vender sua participação pelo preço estimado ou um valor superior, considerando investimentos feitos e ainda não amortizados.

Com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a recompra de Mataripe tornou-se uma das prioridades da Petrobras. Desde dezembro de 2023, as negociações entre a estatal e o fundo de Abu Dhabi intensificaram-se, com uma proposta formal enviada para discutir uma possível parceria de downstream no Brasil.

O plano de investimentos da Petrobras para 2024-2028 prevê US$ 4,2 bilhões em estudos e aquisições nas áreas de refino, transporte e comercialização, incluindo a possibilidade de recompra de ativos estratégicos como a refinaria de Mataripe.

O desenrolar desta história poderá redefinir o cenário do refino de petróleo no Brasil e marcar um novo capítulo na trajetória da Petrobras.

E você, o que acha dessa possível recompra? A Petrobras deve investir pesado para retomar o controle da refinaria de Mataripe? Deixe sua opinião nos comentários!

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Julio arruda Bruno
Julio arruda Bruno
26/07/2024 22:12

Faltou Justificar a recompra! A pequena produção da refinaria de Mataripe não é justificativa. Deve outro interesse!

Jailson
Jailson
Em resposta a  Julio arruda Bruno
27/07/2024 05:21

A justificativa é trazer de volta o que o inelegível deu de presente os gados sempre falando merdaaaa

Marcos
Marcos
27/07/2024 12:46

Pra quem mora na região, Madre de Deus, Candeias, São Francisco do Conde. Existe uma tristeza essa ideia da Petrobrás voltar e assumir a REFMAT, Pois a gestão da Acelen melhorou de forma extrema questão de emprego direto e indireto , o apoio as comunidades. Fora que a produção da Petrobrás era baixíssima , a refinaria estava em sucata, hoje está em outro nível. O que pedimos é pra o Presidente deixar esse negócio de lado. Se fez bem pra o povo é o que importa, não deveria querer retomar a refinaria só por politicagem. Essa briga toda enfraqueceu o emprego na nossa região, poderia até fazer uma parceria na usina de bio. Mas deixa a Acelen em paz pois deu muito certo.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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