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Petrobras negocia com a Raízen para se tornar uma potência também no setor de etanol

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 23/11/2024 às 02:05
Petrobras avança no etanol com parcerias bilionárias! Estratégia inclui Raízen e Inpasa para dominar o mercado de biocombustíveis.
Petrobras avança no etanol com parcerias bilionárias! Estratégia inclui Raízen e Inpasa para dominar o mercado de biocombustíveis.
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Petrobras aposta em parcerias com gigantes como Raízen, Inpasa e BP para se consolidar no setor de etanol. Com investimento bilionário, a estatal busca liderar o mercado de biocombustíveis, enfrentando a gasolina com alternativas mais limpas e sustentáveis.

A Petrobras, conhecida como gigante do petróleo, prepara uma nova estratégia audaciosa que pode transformá-la também em uma potência do etanol.

Em um momento em que o mundo busca alternativas mais sustentáveis, a empresa se aproxima de negociações que prometem causar impacto no mercado de biocombustíveis.

No entanto, essa mudança estratégica levanta questões sobre o futuro da companhia e do mercado energético brasileiro.

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De acordo com o portal InfoMoney, fontes confiáveis dizem que a Petrobras está em negociações com a Raízen, a Inpasa e até mesmo a BP Bioenergy, buscando criar parcerias no setor de etanol.

Essas joint ventures podem incluir a produção de etanol de cana e milho, tornando a Petrobras uma das líderes em um segmento que cresce rapidamente no Brasil.

Essa reentrada no mercado de biocombustíveis faz parte do plano de negócios da companhia para 2025-2029, avaliado em impressionantes 111 bilhões de dólares.

Um gigante que retorna ao etanol

Nos últimos anos, a Petrobras se afastou do setor de etanol para focar em ativos de alta rentabilidade no pré-sal.

Agora, com um investimento planejado de 2,2 bilhões de dólares em destilarias de etanol, a companhia está pronta para recuperar sua relevância nesse mercado.

Magda Chambriard, presidente da Petrobras, enfatizou que o objetivo é realizar algo “grande, compatível com o porte da Petrobras”.

A empresa já teve parcerias no passado com grupos como São Martinho e Tereos, mas optou por se desfazer dessas participações.

A mudança de estratégia reflete a necessidade de competir com o biocombustível, que vem ganhando mercado frente à gasolina nas bombas.

Raízen e Inpasa: potenciais parceiras de peso

A Raízen, uma joint venture entre a Cosan e a Shell, é a maior produtora mundial de etanol de cana-de-açúcar, enquanto a Inpasa se destaca como líder no etanol de milho no Brasil.

Ambas as empresas têm características que complementam os planos da Petrobras de dominar o mercado em diferentes regiões do país.

A BP Bioenergy também está no radar da Petrobras. A empresa britânica, que recentemente adquiriu 50% da participação da Bunge em uma joint venture, se consolidou como uma das maiores produtoras do segmento no Brasil.

Apesar de a Inpasa não ter comentado sobre as negociações, a expectativa do mercado é alta em relação às possíveis parcerias.

Etanol de milho no Nordeste: uma nova fronteira

Um dos aspectos mais inovadores desse plano é o foco no fomento à produção de etanol de milho no Nordeste brasileiro.

Segundo Mauricio Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, o objetivo é apostar em alternativas que estão em alta no mercado.

“A ideia é começar grande, sem partir do zero. Estamos analisando tanto o etanol de cana quanto o de milho, que tem mostrado um crescimento expressivo no Brasil”, destacou Tolmasquim.

Essa abordagem reflete uma visão estratégica alinhada à expansão do mercado de biocombustíveis no país e no mundo.

Combustíveis e sustentabilidade

O movimento da Petrobras não é apenas uma questão de mercado, mas também de sustentabilidade.

O etanol é visto como um substituto mais limpo para a gasolina, ajudando a reduzir as emissões de carbono. Além disso, a aposta nesse setor pode diversificar a matriz energética brasileira e criar novas oportunidades econômicas.

Segundo especialistas, a competição entre gasolina e etanol nas bombas está ficando mais acirrada.

Tolmasquim foi direto ao afirmar que “a gasolina vai perder mercado para o etanol ao longo do tempo”, o que torna essencial para a Petrobras estar no mercado de seu principal concorrente.

O que vem a seguir?

Os próximos passos envolvem definir as parcerias e estruturar as joint ventures para iniciar os investimentos.

A Petrobras, no entanto, está ciente dos desafios e busca modelos de negócios que sejam economicamente viáveis e compatíveis com sua estratégia de longo prazo.

Com essa reentrada estratégica no setor de biocombustíveis, será que a Petrobras vai conseguir equilibrar sua posição entre petróleo e energias renováveis?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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