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Petrobras investiu R$ 600 milhões em campanha sísmica para mapear campo de Tupi e área de Iracema, no pré-sal da Bacia de Santos

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 31/05/2023 às 23:55
Investimento da Petrobras no campo de Tupi e a área de Iracema reflete seu compromisso em explorar o potencial do pré-sal na Bacia de Santos.
Foto: Divulgação/Felipe Gaspar/PXGeo

O expressivo investimento da Petrobras na campanha sísmica para o campo de Tupi e a área de Iracema reflete o compromisso da estatal em explorar todo o potencial dessas reservas de pré-sal na Bacia de Santos.

A Petrobras, empresa estatal brasileira de petróleo, anunciou recentemente um investimento significativo de R$ 600 milhões em uma campanha sísmica nas águas ultraprofundas da Bacia de Santos, localizada na costa sudeste do Brasil. Essa campanha, concluída no final de abril, teve como foco o campo de Tupi e a área de Iracema, no pré-sal.

A importância do campo tupi e área de Iracema para a Petrobras

Abrangendo uma extensa área de 3.164 km², o equivalente a mais do dobro do tamanho de São Paulo.

As operações duraram um ano e visaram coletar dados valiosos para potencializar o desenvolvimento de Tupi e Iracema.

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A aquisição dos dados sísmicos foi realizada pela Shearwater, empresa renomada no setor.

Tupi, sendo o primeiro campo do pré-sal descoberto na Bacia de Santos, continua sendo um dos ativos mais produtivos da indústria global de águas ultraprofundas, mesmo depois de 13 anos desde que a Petrobras iniciou seu desenvolvimento.

Com os dados sísmicos coletados, a Petrobras planeja identificar novas oportunidades para a expansão dos projetos relacionados a Tupi e Iracema.

A aquisição desses dados sísmicos gerará aproximadamente 400 terabytes de informações, equivalendo à capacidade de armazenamento de 2.000 notebooks tradicionais.

Esses dados serão usados ​​para criar imagens detalhadas das camadas rochosas sob o fundo do mar.

“Foi no campo de Tupi onde impulsionamos nossa jornada no pré-sal, quebrando uma série de paradigmas, desenvolvendo novas tecnologias e abrindo caminho para uma nova fronteira exploratória. Desde então, acumulamos feitos e essa campanha de sísmica foi um deles”, lembrou o gerente executivo de Exploração da Petrobras, Jonilton Pessoa.

Para realizar a campanha, a Petrobras mobilizou quatro embarcações sísmicas, duas embarcações de apoio e três veículos operados remotamente (ROVs).

Cerca de 140 profissionais estiveram envolvidos nas operações sísmicas, garantindo a conclusão bem-sucedida do projeto.

Esforços para reduzir as emissões de gases do efeito estufa

A Petrobras empregou uma abordagem sísmica de fonte tripla, que envolve o uso de três fontes sísmicas simultaneamente, durante a campanha.

Essa técnica inovadora, implementada pela empresa desde 2021, tem se mostrado altamente eficiente e tem acelerado o processo de aquisição de dados.

Com isso, a Petrobras conseguiu reduzir em aproximadamente 30% a duração da campanha de Tupi e Iracema.

Essa melhoria significativa também levou a uma redução correspondente de quase 30% nas emissões de gases de efeito estufa.

“Essa campanha de sísmica permitirá a identificação não só de óleo remanescente na área, mas também de novos alvos para projetos complementares. A expectativa é que os dados sísmicos forneçam imagens das áreas mais complexas da região”, complementou Jonilton.

O consórcio Tupi e os parceiros da Petrobras

O campo de Tupi é operado por um consórcio formado pela Petrobras (67,216%), Shell (23,024%), Petrogal (9,209%) e PPSA (0,551%).

Esta parceria demonstra os esforços colaborativos entre os líderes da indústria para maximizar o potencial desta reserva do pré-sal.

O investimento substancial da Petrobras na campanha de exploração sísmica do campo de Tupi e da área de Iracema reflete o compromisso da empresa em aproveitar todo o potencial dessas reservas do pré-sal.

Os dados adquiridos por meio desta campanha servirão como um recurso valioso para projetos futuros e contribuirão para o desenvolvimento sustentável da indústria offshore de petróleo e gás do Brasil.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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