Petrobras informou nesta segunda-feira, 29 de Abril, que abriu a licitação para arrendamento das Fafens, como são conhecidas as fábricas de fertilizantes nitrogenados da empresa em Sergipe (Fafen-SE) e na Bahia (Fafen-BA).
O processo de arrendamento da fábrica de fertilizantes, localizada em Sergipe iniciou no dia 10 de janeiro onde a Petrobras informou em 1º de fevereiro que iniciou o processo de hibernação da fábrica de fertilizantes em Sergipe (Fafen-SE) e que segue com o processo licitatório para arrendamento desta unidade aguardando propostas dos potenciais interessados. A licitação inclui os terminais marítimos de amônia e ureia no Porto de Aratu, na Bahia, informou a estatal.
A estatal pré-qualificou três propostas para a segunda fase. As empresas aptas a participar da licitação das unidades no Sergipe (Fafen-SE) e Bahia (Fafen-BA) são Proquigel Química S.A., PJSC Acron e Formitex Empreendimentos e Participações Ltda., afirmou a Petrobras. Onde as empresas terão até o dia 22 de junho deste ano para entregar a proposta final. Vence a empresa que apresentar o maior preço para o arrendamento no período de dez anos, renováveis por mais dez.
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A concorrência vem movimento o Congresso Nacional desde que a Petrobras anunciou sua saída do setor de fertilizantes no país. O deputado federal Evair Vieira de Melo (PP/S) requereu a realização de uma audiência pública na Comissão de Agricultura e Pecuária da Câmara para debater a produção de fertilizantes no Brasil e a reabertura das fábricas de fertilizantes nitrogenados na Bahia e em Sergipe.
O fechamento da fábrica em Sergipe e na Bahia foi anunciado em março do ano passado. O motivo, segundo a Petrobras, foi a perda com a produção de fertilizantes. Em 2017 a estatal disse que perda chegou a R$ 600 milhões. Para suavizar o impacto social na região de Laranjeiras (SE), a Petrobras disse que está desenvolvendo um plano de projetos sociais em associação com instituições de ensino, com investimentos previstos no valor de R$ 26 milhões para o período de 2019 a 2022.
O senador Alessandro Vieira criticou a postura do governo e da Petrobras e afirmou que a abertura do mercado de fertilizantes para empresas internacionais pode impactar diretamente o custo da produção do agronegócio brasileiro.
“Hoje o Brasil já depende da importação de fertilizantes, mas se as Fafens pararem, vamos depender 100% de importação”, criticou. “Além dos empregos e da cadeia local, há uma questão de estratégia nacional nesse processo. Não é inteligente colocar nas mãos do estrangeiro a composição de preço da nossa principal commodity”, complementou.
A Fafen-SE é uma unidade de fertilizantes nitrogenados com capacidade de produção total de ureia de 1.800 t/dia. Também comercializa, amônia, gás carbônico e sulfato de amônio (também usado como fertilizante).
A Fafen em Sergipe entrou em operação em outubro de 1982 e o anúncio do fechamento da fábrica provocou uma série de protestos. Cerca de 1.500 postos de trabalho direto podem acabar, e mais 5 mil empregos indiretos.
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