Plataforma P-26, com longa história na Bacia de Campos, inicia processo de reciclagem e aguarda definição da Petrobras sobre o futuro da estrutura.
A Petrobras deu início à desmobilização da plataforma P-26, que atuou no campo de Marlim, na Bacia de Campos, desde 1998. A unidade, que encerrou suas operações em 2020, foi deslocada nesta quarta-feira (13/11) para o Porto do Açu, no norte do estado do Rio de Janeiro.
A plataforma P-26 passará por uma série de processos, incluindo a limpeza do casco e reparos essenciais nos sistemas navais, antes de seguir para a fase de reciclagem.
A plataforma permanecerá em acostamento no Porto do Açu até a conclusão do processo de licitação para seu desmantelamento, uma etapa que ainda não tem data definida.
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Reciclagem de outras plataformas
A Petrobras, em seu plano de descomissionamento, já incluiu a reciclagem de outras plataformas veteranas, como a P-32, cuja licitação foi vencida pela Gerdau em parceria com o Estaleiro Ecovix.
A plataforma P-26 faz parte do projeto de revitalização do campo de Marlim, que substituirá a P-26, P-32 e P-35 por duas novas unidades FPSO: Anita Garibaldi e Anna Nery.
Esses novos sistemas são planejados para garantir maior eficiência e sustentabilidade nas operações, permitindo que a Petrobras mantenha a produção com equipamentos mais modernos.
O projeto de descomissionamento reflete uma ambição maior da Petrobras, que planeja investir US$ 11 bilhões entre 2024 e 2028 para desmontar e reciclar 23 plataformas.
Parte dessas unidades, segundo a diretoria, poderá ser reformada para que a vida útil das embarcações seja prolongada, dependendo da viabilidade técnica e dos custos associados.
Plataforma P-26
A plataforma P-26, uma unidade semissubmersível de produção, foi instalada pela Petrobras em 1998 no campo de Marlim, na Bacia de Campos.
Projetada para operar em lâmina d’água de aproximadamente 650 metros, a P-26 possuía capacidade de produção de até 150 mil barris de petróleo por dia e compressão de cerca de 2 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.
Durante sua operação, a plataforma contribuiu significativamente para a produção nacional de petróleo e gás, consolidando o Brasil como um importante player no cenário energético global.