Estatal aguarda há um mês autorização ambiental para perfurar poço na Foz do Amazonas, região estratégica para reposição de reservas
A Petrobras acumula uma despesa diária superior a R$ 4 milhões com a sonda ODN II, que está parada desde junho na costa do Pará, aguardando a liberação do Ibama para operar no poço Morpho, localizado no bloco FZA-M-59, na Bacia da Foz do Amazonas. A estatal considera o atraso excessivo e teme impacto no cronograma da Margem Equatorial.
Segundo reportagem publicada pelo Broadcast, a Petrobras esperava obter a Autorização Pré-Operacional (APO) em julho. No entanto, o Ibama agendou uma nova reunião com a empresa apenas para 12 de agosto. Enquanto isso, o navio-sonda segue ancorado diante de Belém, pronto para atuar, mas sem permissão para perfuração.
Margem Equatorial é considerada estratégica para o futuro do petróleo no Brasil
A Margem Equatorial brasileira é tida como a última grande fronteira petrolífera do país. A expectativa da Petrobras é confirmar se a região guarda potencial semelhante ao das descobertas feitas no Suriname e na Guiana, onde mais de 11 bilhões de barris de óleo equivalente já foram identificados por empresas como ExxonMobil e TotalEnergies.
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A perfuração do poço Morpho é central para esse plano. Sem novas descobertas, o Brasil poderá ver suas reservas em queda já na próxima década, com o início do declínio da produção do pré-sal. A reposição de reservas é considerada urgente para manter a autossuficiência energética conquistada em 2006.
O atraso atual se soma a um histórico de entraves ambientais e disputas políticas envolvendo a exploração na região. Em 2023, a Petrobras já havia deslocado a sonda ODN II para a Bacia de Campos após meses parada, sem avanço nas licenças.
Petrobras critica demora e reforça que segue protocolos ambientais
Em nota recente, a Petrobras reafirmou seu compromisso com os padrões ambientais e afirmou que todos os procedimentos solicitados pelo Ibama foram cumpridos. A estatal também destacou que a própria autorização para a limpeza do casco da sonda — emitida em maio deste ano — era um indicativo de que a licença final poderia sair em julho.
Enquanto isso, o custo operacional da embarcação, que continua contratada, soma mais de R$ 120 milhões por mês. A empresa afirma que a paralisação sem justificativa técnica clara compromete a eficiência do projeto e representa desperdício de recursos públicos, já que a Petrobras é de capital misto e parte do valor investido vem do Tesouro Nacional.
O Ibama, por sua vez, não se manifestou sobre o novo prazo para emissão da APO, mas fontes do governo indicam que a decisão deve sair até o fim de agosto, se não houver novo pedido de complementação de informações.
O impasse levanta discussões sobre licenciamento e soberania energética
A demora na emissão de licenças ambientais levanta questionamentos no setor de energia e também no Congresso. Setores favoráveis à exploração defendem mais agilidade e clareza nos critérios, enquanto entidades ambientalistas cobram garantias robustas de proteção aos ecossistemas da Foz do Amazonas.
Além de ser uma questão econômica, a exploração da Margem Equatorial tem peso geopolítico. O Brasil pode perder protagonismo para países vizinhos caso continue sem avançar em áreas promissoras, já exploradas por multinacionais em território sul-americano.
Você acredita que o Brasil deve acelerar ou conter a exploração de petróleo na Foz do Amazonas? Comente abaixo
Acredito que sim .
Eu concordo com a exploração do petróleo na margem equatorial para o desenvolvimento das regiões norte e nordeste do Brasil
O nosso Presidente não tem competência sobre o IBAMA. Se tivesse já teria autorizado a pesquisa no bloco no qual a Petrobras pretende fazer a pesquisa, vale ressaltar que caso a prospecção seja positiva são milhares de empregos envolvidos mais logísticas e royalttes para o Amazonas que beneficiariam muito na qualidade de vida das pessoas mais hospitais rodovias e transporte. Esse gasto diário não é só da Petrobras mas sim de todo povo Brasileiro.
Seria mais dinheiro pro governo roubar meu amigo… Não sou contra a exploração, mas acreditar q os royalties trariam melhorias pro povo é muita ilusão