1. Início
  2. / Economia
  3. / Petrobras gasta R$ 4 milhões por dia com sonda parada no Pará à espera do Ibama
Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 5 comentários

Petrobras gasta R$ 4 milhões por dia com sonda parada no Pará à espera do Ibama

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 28/07/2025 às 23:59
Licença emperrada há um mês faz Petrobras gastar mais de R$ 120 milhões com sonda parada
Licença emperrada há um mês faz Petrobras gastar mais de R$ 120 milhões com sonda parada
  • Reação
  • Reação
  • Reação
  • Reação
  • Reação
15 pessoas reagiram a isso.
Reagir ao artigo

Estatal aguarda há um mês autorização ambiental para perfurar poço na Foz do Amazonas, região estratégica para reposição de reservas

A Petrobras acumula uma despesa diária superior a R$ 4 milhões com a sonda ODN II, que está parada desde junho na costa do Pará, aguardando a liberação do Ibama para operar no poço Morpho, localizado no bloco FZA-M-59, na Bacia da Foz do Amazonas. A estatal considera o atraso excessivo e teme impacto no cronograma da Margem Equatorial.

Segundo reportagem publicada pelo Broadcast, a Petrobras esperava obter a Autorização Pré-Operacional (APO) em julho. No entanto, o Ibama agendou uma nova reunião com a empresa apenas para 12 de agosto. Enquanto isso, o navio-sonda segue ancorado diante de Belém, pronto para atuar, mas sem permissão para perfuração.

Margem Equatorial é considerada estratégica para o futuro do petróleo no Brasil

A Margem Equatorial brasileira é tida como a última grande fronteira petrolífera do país. A expectativa da Petrobras é confirmar se a região guarda potencial semelhante ao das descobertas feitas no Suriname e na Guiana, onde mais de 11 bilhões de barris de óleo equivalente já foram identificados por empresas como ExxonMobil e TotalEnergies.

A perfuração do poço Morpho é central para esse plano. Sem novas descobertas, o Brasil poderá ver suas reservas em queda já na próxima década, com o início do declínio da produção do pré-sal. A reposição de reservas é considerada urgente para manter a autossuficiência energética conquistada em 2006.

O atraso atual se soma a um histórico de entraves ambientais e disputas políticas envolvendo a exploração na região. Em 2023, a Petrobras já havia deslocado a sonda ODN II para a Bacia de Campos após meses parada, sem avanço nas licenças.

Petrobras critica demora e reforça que segue protocolos ambientais

Em nota recente, a Petrobras reafirmou seu compromisso com os padrões ambientais e afirmou que todos os procedimentos solicitados pelo Ibama foram cumpridos. A estatal também destacou que a própria autorização para a limpeza do casco da sonda — emitida em maio deste ano — era um indicativo de que a licença final poderia sair em julho.

Enquanto isso, o custo operacional da embarcação, que continua contratada, soma mais de R$ 120 milhões por mês. A empresa afirma que a paralisação sem justificativa técnica clara compromete a eficiência do projeto e representa desperdício de recursos públicos, já que a Petrobras é de capital misto e parte do valor investido vem do Tesouro Nacional.

O Ibama, por sua vez, não se manifestou sobre o novo prazo para emissão da APO, mas fontes do governo indicam que a decisão deve sair até o fim de agosto, se não houver novo pedido de complementação de informações.

O impasse levanta discussões sobre licenciamento e soberania energética

A demora na emissão de licenças ambientais levanta questionamentos no setor de energia e também no Congresso. Setores favoráveis à exploração defendem mais agilidade e clareza nos critérios, enquanto entidades ambientalistas cobram garantias robustas de proteção aos ecossistemas da Foz do Amazonas.

Além de ser uma questão econômica, a exploração da Margem Equatorial tem peso geopolítico. O Brasil pode perder protagonismo para países vizinhos caso continue sem avançar em áreas promissoras, já exploradas por multinacionais em território sul-americano.

Você acredita que o Brasil deve acelerar ou conter a exploração de petróleo na Foz do Amazonas? Comente abaixo

Inscreva-se
Notificar de
guest
5 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Fabio de Oliveira Silveira
Fabio de Oliveira Silveira
29/07/2025 18:28

Acredito que sim .

Orlando de Queiroz Maia
Orlando de Queiroz Maia
29/07/2025 16:29

Eu concordo com a exploração do petróleo na margem equatorial para o desenvolvimento das regiões norte e nordeste do Brasil

José Pedro
José Pedro
29/07/2025 15:35

O nosso Presidente não tem competência sobre o IBAMA. Se tivesse já teria autorizado a pesquisa no bloco no qual a Petrobras pretende fazer a pesquisa, vale ressaltar que caso a prospecção seja positiva são milhares de empregos envolvidos mais logísticas e royalttes para o Amazonas que beneficiariam muito na qualidade de vida das pessoas mais hospitais rodovias e transporte. Esse gasto diário não é só da Petrobras mas sim de todo povo Brasileiro.

Eu da Silva
Eu da Silva
Em resposta a  José Pedro
29/07/2025 16:55

Seria mais dinheiro pro governo roubar meu amigo… Não sou contra a exploração, mas acreditar q os royalties trariam melhorias pro povo é muita ilusão

Tags
Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x