Petrobras e Transpetro inovam no abastecimento de navios, utilizando biocombustível renovável para reduzir impacto ambiental e expandir sua presença no Extremo Oriente.
A Petrobras Singapore realizou, em 27 de fevereiro de 2025, a primeira operação de abastecimento de VLSFO (Very Low Sulfur Fuel Oil) com 24% de conteúdo renovável (B24) para o navio da Transpetro André Rebouças, afretado à Petrobras. O abastecimento ocorreu em Singapura, sendo fornecido por uma empresa de bunker licenciada pela autoridade portuária local.
O produto foi desenvolvido pela Petrobras Singapore (PSPL) em seus tanques arrendados na região, combinando 76% de óleo combustível fóssil das refinarias do Sistema Petrobras com 24% de UCOME, biocombustível originado do processamento de óleo de cozinha usado (UCO) adquirido localmente.
A Petrobras Singapore possui certificação ISCC EU, garantindo que seus produtos atendem a critérios rigorosos de sustentabilidade, conforme exigido em toda a cadeia logística do biocombustível envolvida nesse processo.
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Expansão estratégica no mercado de combustíveis sustentáveis
Segundo o site especializado, o abastecimento do navio André Rebouças é parte de um conjunto de vendas recentes da Petrobras Singapore, incluindo o primeiro lote de VLSFO com conteúdo renovável formulado no início de 2025. Segundo Claudio Schlosser, diretor da companhia, essa operação não apenas introduz uma nova modalidade de oferta ao mercado, mas também fortalece as demais operações da Petrobras na região do Extremo Oriente.
O desenvolvimento do bunker renovável alinha-se à estratégia da Petrobras e da Transpetro, que buscam inovar e gerar valor através de soluções energéticas sustentáveis. Esse marco reafirma o compromisso das empresas com a descarbonização e o desenvolvimento de um mercado de baixo carbono.
Impacto e tendências para o futuro
O fornecimento de combustíveis com menor impacto ambiental é uma resposta direta às demandas internacionais por soluções mais sustentáveis no setor marítimo. O uso do B24 no navio da Transpetro demonstra como a Petrobras avança na comercialização de energias renováveis, ao mesmo tempo em que fortalece sua posição em um mercado competitivo.
Em 2025, conforme reportado pelo setor, as expectativas são de que novas embarcações passem a operar com misturas de biocombustíveis, aumentando gradualmente a presença dessas soluções em grandes rotas comerciais.
O mercado de bunker renovável segue como uma grande aposta para o futuro da indústria naval. A Petrobras e a Transpetro seguem ampliando pesquisas e parcerias estratégicas para consolidar essa tendência e reduzir a pegada de carbono do setor. Via Petrobras
Mistura óleo de comida no diesel, feijão, etc . A Raízen quer vender
Não sou contra o biodiesel principalmente o de origem de oleos vegetais usados ou de subprodutos de refino ou de frigorificos O problema é que 80% desse biodiesel vem da soja in natura, o que tem inflacionado o óleo de soja para consumo humano e também o óleo diesel combustível. Daqui um tempo só veremos lavouras de soja e cana de açúcar (etanol) para a produção de combustíveis, para cumprir uma agenda global, esquecendo da segurança alimentar da população mundial. Lembrando que maior consumo de combustível renovável implica de maior capacidade de plantio, o que remete maiores quantidades de areas a serem plantadas aumentando o desmatamento, que por suas vez vem contra a agenda global sobre redução das emissões de CO2 no planeta.
O primeiro passo seria buscar meios para coletar o óleo de cozinha usado (o used cooking oil – UCO) para se produzir biodiesel (tal como se faz em Cingapura). E o segundo, regulamentar a adição deste biodiesel no teor de 24% em volume ao óleo diesel marítimo.