Contrato histórico de 15 anos assegura à Petrobras o fornecimento de 0,8 milhão de toneladas anuais de GNL a partir de 2027, diretamente dos EUA. O acordo com a Centrica, avaliado em bilhões, visa blindar a estatal da volatilidade do mercado global, reforçar a segurança energética nacional e impulsionar a competitividade do Brasil no cenário internacional.
A Petrobras acaba de dar um passo estratégico que promete transformar o futuro da energia no Brasil. A estatal brasileira assinou um acordo de compra e venda de longo prazo de gás natural liquefeito (GNL) com a gigante britânica Centrica. Com validade até 2040, esse contrato coloca o Brasil em um novo patamar de segurança energética e competitividade no mercado global.
O Acordo Bilionário: O que esperar até 2040?
O acordo prevê a compra de 0,8 milhão de toneladas por ano (mtpa) de GNL, por um período de 15 anos, começando em 2027. Isso representa um compromisso robusto de longo prazo, consolidando a Petrobras como uma das principais compradoras globais de GNL. O fornecimento contará com volumes provenientes do portfólio da Centrica nos Estados Unidos, um dos maiores produtores mundiais de gás natural.
O gás virá de dois projetos estratégicos: Sabine Pass e Delfin. Sabine Pass é operado pela Cheniere, um dos gigantes do setor de GNL, enquanto o projeto Delfin está em desenvolvimento pela Delfin Midstream. Este último ainda aguarda a decisão final de investimento (FID) para iniciar sua operação, mas é visto como uma aposta promissora para garantir fornecimento estável nos próximos anos.
-
Mosca perigosa e seca histórica elevam preço da carne nos EUA ao maior nível em décadas
-
Shopee e ApexBrasil unem forças para levar microempresas brasileiras ao comércio internacional
-
Rota bioceânica promete triplicar exportação de carne bovina para o Chile e reduzir caminho à Ásia
-
Trump suspende bloqueio tecnológico à China e reativa exportações para firmar trégua comercial com impacto direto nos chips da Nvidia
Por que a Petrobras apostou nesse acordo de longo prazo?
O diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim, afirmou que o contrato com a Centrica está alinhado à estratégia de reduzir a exposição à volatilidade do mercado spot. Em outras palavras, ao firmar um acordo de longo prazo, a Petrobras protege-se das oscilações de preço que podem afetar negativamente seus custos operacionais.
Esse acordo não só garante estabilidade, mas também fortalece a posição competitiva da Petrobras no mercado global. Com um fornecimento estável e previsível de GNL, a estatal brasileira se posiciona como uma opção mais confiável e econômica para seus clientes, atraindo novos investimentos e consolidando sua liderança no setor energético.
O impacto global: A visão da Centrica para o futuro do GNL
Segundo Offshore Energy, para a Centrica, esse acordo é mais do que uma venda de gás; é uma estratégia para diversificar seus mercados e garantir um fluxo constante de receita. Segundo o CEO do grupo, Chris O’Shea, essa parceria simboliza a capacidade da empresa de se adaptar ao mercado global, oferecendo soluções robustas para a segurança energética.
O CEO destacou ainda que o GNL é uma peça fundamental no quebra-cabeça da transição energética global. O compromisso da Centrica é investir em soluções que promovam a eficiência e a descarbonização, mantendo o GNL como uma base sólida durante essa transição para fontes de energia mais limpas.
Além do GNL: Novos desenvolvimentos da Petrobras no pré-sal
Enquanto avança no GNL, a Petrobras também segue expandindo suas operações de petróleo. Recentemente, a companhia encontrou novos indícios de petróleo em um poço no campo de Búzios, localizado no pré-sal da Bacia de Santos. Essa descoberta reforça a posição estratégica da Petrobras como uma das principais produtoras globais.
Outro marco significativo foi a entrada em operação do FPSO Almirante Tamandaré, uma unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo. Localizado no mesmo campo, esse projeto reforça a capacidade da Petrobras de expandir sua produção e atender à crescente demanda por energia.