A retomada da produção de gás natural através do Polo GasLub, em Itaboraí, no Rio de Janeiro, é a esperança de dias melhores para a Petrobras, após a decadência do Comperj que resultou R$ 28,3 bilhões aos bolsos dos brasileiros.
O Polo Gaslub começará a receber o gás natural do pré-sal. Essa etapa é importante pois é a entrada em operação da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN). E um marco simbólico, representando a retomada e o saneamento do antigo Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), na cidade de Itaboraí, cujas obras e promessas iniciaram-se em 2006 e representaram prejuízo de mais de R$ 28 bilhões para a sociedade brasileira, após os casos de corrupção na Petrobras, revelado pela operação Lava Jato.
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Vídeo Institucional Petrobras sobre o Polo Gaslub 15/02/2022
O antigo Comperj foi o projeto mais audacioso da Petrobras. O complexo ocupa uma área de 45 milhões de m², no município de Itaboraí, no Rio de Janeiro.
Até hoje não se sabe exatamente quanto seria preciso ser gasto para que todo o Comperj fosse concluído. A estimativa de especialistas é de que seriam necessários mais de US$ 5,3 bilhões (17,1 bilhões em Reais).
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No entanto, agora com o polo GasLub no processamento de gás natural diretamente do pré-sal, a esperança é de dia melhores para a Petrobras, após a decadência do Comperj.
Diante da importância do polo GasLub no processamento do “gás rico”, na minimização de prejuízos, ampliando o recolhimento de impostos e tributos; na possibilidade de atrair investidores e na criação de empregos diretos e indiretos, a Petrobras trabalha também na publicidade do empreendimento.
Em suas redes sociais, a estatal postou um vídeo institucional falando que o polo Gaslub traz um “novo sentido econômico aos investimentos da Petrobras na região” e “um potencial de multiplicar oportunidades”.
Qual será a capacidade de produção e escoamento da Unidade de Processamento de Gás Natural do Polo GasLub?
A entrada de gás natural no Polo GasLub ocorre através do gasoduto Guapimirim-Comperj I (Gaserj) e viabiliza o início das operações dos sistemas de utilidades, principalmente da Unidade de Geração e Distribuição de Vapor.
A UPGN faz parte do projeto Rota 3, que envolve também o gasoduto e a infraestrutura para operação e controle e os sistemas de utilidades (vapor, água, ar-comprimido, força e outros).
O polo GasLub terá capacidade para escoar e processar 21 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural do pré-sal da Bacia de Santos. O Rota 3 e as Rotas 1 (UPGN Caraguatatuba/SP) e 2 (Terminal Cabiúnas/RJ) – que já estão em operação – têm a capacidade total para escoar 44 milhões de metros cúbicos de gás por dia.
“Mais que um conjunto de instalações e de unidades de processamento, estamos tratando de um projeto multipropósito de grande valor estratégico para o Brasil, que contribuirá para uma maior segurança energética nacional”.
Joaquim Silva e Luna – Presidente da Petrobras
Integração entre o Polo GasLub de Itaboraí e a refinaria Duque de Caxias
O Plano Estratégico 2022-2026 da Petrobras avalia a integração dos ativos da Polo GasLub em Itaboraí com a refinaria Duque de Caxias (Reduc). O objetivo seria a produção de óleos lubrificantes básicos e combustíveis. O investimento previsto é de US$ 1,5 bilhão. Além disso, está em estudos a construção de uma usina termelétrica no Polo GasLub.
Para o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, o objetivo é consolidar o estado como principal ‘hub’ energético do Brasil.
“O Rio de Janeiro é responsável por 63% da produção de gás natural do país, e a parceria com a Petrobras no GasLub permitirá a implantação de um polo industrial atraente em Itaboraí, incentivando o desenvolvimento de uma cadeia produtiva de materiais e equipamentos do setor”.
Cláudio Castro – Governador do Rio de Janeiro durante o evento que marcou o início dos testes operacionais do Polo GasLub no dia 11 de fevereiro