SBM não conseguirá atender toda a demanda de FPSO’s que serão requisitados pela Petrobras e Exxon para desenvolvimento de campos no Brasil e da Guiana
Por conta da grande expansão da produção de petróleo em águas profundas, Petrobras e Exxon Mobil disputam por um número restrito de plataformas flutuantes de grande porte. Petrobras transfere para março a entrega das ofertas para afretamento do FPSO de Mero 3.
De acordo com o presidente da SBM Brasil, Eduardo Chamusca, a companhia não conseguirá atender toda a demanda de FPSO’s que serão requisitados para desenvolvimento de campos no Brasil e da Guiana pelas petroleiras.
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A norte-americana Exxon possui um modelo de negócios mais flexível e que comporta a contratação de mais de um navio em projetos replicados. Já a petroleira brasileira tem limitações de contratação impostas pela Lei das Estatais.
“O que está acontecendo hoje é que as produtoras de petróleo todas vão querer FPSO ao mesmo tempo, e não vai ter empresa suficiente para fazê-los”, informou o executivo em entrevista de seu escritório no Rio de Janeiro. “Se você tem muitos clientes, em algum momento os fabricantes de FPSO serão mais seletivos.” concluiu Chamusca.
Desde a queda dos preços do petróleo entre 2014 e 2016, a indústria de equipamentos para produção em mar enfrenta queda de demanda e excesso de plataformas. Mas os FPSOs usados em águas ultraprofundas são um ponto positivo fora da curva.
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SBM e Modec são as únicas empresas que alugam os FPSOs que a Petrobras e a Exxon precisarão. As plataformas podem produzir até 240 mil barris por dia e custam até US$ 2,5 bilhões cada para serem construídos. As taxas diárias de aluguel dos navios variam de US$ 400 mil a US$ 1 milhão.
Após enfrentar anos de demanda em baixa, a empresa que no ano de 2016 não conseguiu sequer uma licitação de FPSOs, poder escolher quais contratos quer disputar de clientes como Petrobras e Exxon é uma mudança radical de cenário para a SBM
Após o veto de quatro anos (suspenso em 2018 ) que impedia a empresa de assinar novos contratos com a Petrobras, a SBM conseguiu fechar um contrato para o campo de Mero
“Quem vai ter sucesso, como em qualquer mercado capitalista, vai ser a empresa que tiver um modelo de negócios mais pragmático, como uma Exxon da vida”, disse Chamusca. “Não temos um cliente preferido, mas temos um modelo de contratação preferido.”
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De acordo com o executivo, a legislação brasileira obriga a Petrobras a usar preço como principal critério de contratação, já a SBM prefere um modelo de negócios que permita a replicação do projeto, reduzindo o tempo de construção. “O preço nem sempre é o melhor critério”, disse.
Atualmente a SBM tem três plataformas em construção simultânea. Em condições ideais de contratação, permitindo rotação de projetos entre departamentos, o número poderia ser triplicado para nove, disse.
Chamusca informa que o Brasil é responsável por cerca de um em cada quatro de 200 FPSOs em operação globalmente. O país deve passar a responder por metade da demanda mundial após leiloar várias licenças para exploração e produção offshore.
Em 2020, o Brasil deve fazer licitações para seis plataformas, incluindo para o gigante campo de Búzios. “Não podemos participar de seis licitações em um ano, precisaremos ser seletivos”, concluiu.