No âmbito da indústria de energia, a Petrobrás e a 3R Petroleum estão protagonizando uma parceria estratégica que visa dinamizar o mercado de gás natural no Brasil.
O acordo, revelado publicamente nesta semana, permitirá o compartilhamento da infraestrutura de processamento na Unidade de Tratamento de Gás Natural de Cacimbas – UTGC, localizada no município de Linhares, no Espírito Santo. Dessa forma, a Petrobrás abre suas portas para que a 3R Petroleum comercialize os volumes de gás natural produzidos em seu campo, situado na Bacia do Espírito Santo.
Expansão da infraestrutura de processamento:
Com essa iniciativa, a Petrobrás estabelece contratos de acesso válidos em todas as unidades de processamento onde empresas manifestaram interesse. Esses contratos, que vêm sendo celebrados ao longo dos últimos anos, proporcionam o compartilhamento de capacidade de processamento em diversas unidades espalhadas pelo país, como UTG-Catu (BA), UTGCA (SP), UTGCAB (RJ) e UTGC-Cacimbas (ES). Somente a UTG Sul, sediada em Anchieta, também no Espírito Santo, ainda não possui contrato de compartilhamento devido à ausência de manifestação de interesse.
Atualmente, a Petrobrás disponibiliza acesso a uma infraestrutura de processamento com capacidade total de mais de 60 milhões de m³/dia. Contudo, a Companhia não pretende parar por aí: ela continua investindo em novas infraestruturas, o que agregará uma capacidade de até 21 milhões m³/dia para o processamento de gás nacional com a entrada do Projeto Integrado Rota 3, programada para o próximo ano. Importante ressaltar que esse projeto também já conta com contratos de processamento firmados.
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Vantagens e oportunidades para o setor:
Essa parceria entre a Petrobrás e a 3R Petroleum é benéfica tanto para as empresas envolvidas quanto para o mercado de energia em geral. Com a abertura dessas instalações para outras companhias, há um estímulo à competição, resultando em maior diversificação dos agentes atuantes no setor e, consequentemente, em uma redução de participação da Petrobrás em todos os elos da cadeia de gás natural.
Ao se tornar um processador de gás para terceiros, a Petrobrás assume um novo papel, que traz perspectivas promissoras para a Companhia e para a efetiva abertura do mercado de gás natural no Brasil. A iniciativa permite que agentes potencialmente interessados contratem a capacidade de processamento, impulsionando, assim, a produção do país e garantindo a continuidade do desenvolvimento da indústria nacional.
Modelo de negócio e contrato de processamento:
No que diz respeito ao modelo de negócio adotado pela Petrobrás para o acesso de terceiros à infraestrutura de processamento de gás natural, este se baseia em operações de industrialização por encomenda. Esse modelo consiste na remessa do insumo para industrialização e no retorno do produto industrializado, mantendo a propriedade do bem ao longo de todo o processo.
A contratação dessas operações se dará por meio da celebração de contrato de processamento de gás natural, oferecendo modalidades firmes (em capacidade disponível) ou interruptíveis (em capacidade ociosa) nas plantas de processamento de interesse. Vale destacar que a remuneração pelo acesso ao processamento será objeto de negociação entre a Petrobrás e o potencial contratante, levando em consideração a qualidade do gás natural e a curva de contratação.