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Petrobras corta imposto sindical de seus petroleiros a partir de março, FUP promete resistência

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 16/03/2019 às 04:19

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Petrobras corta imposto sindical de seus petroleiros

Petrobras anunciou ontem(15) que o imposto sindical não será mais descontado da folha de pagamento de seus funcionários, surpreendendo sindicatos de petroleiros de todo país que prometem recorrer desta decisão 

A Petrobras acaba de se fazer valer da Medida Provisória editada no dia 2 de março pelo então presidente Jair Messias Bolsonaro, que visa extinguir o desconto do imposto sindical em folha de pagamento, consequentemente o fim da obrigatoriedade sem a prévia permissão do colaborar. A FUP ( Federação única dos Petroleiros) foi surpreendida nesta sexta-feira com o comunicado oficial da estatal, suspendendo as mensalidades e os repasses a entidades sindicais afiliadas.

Para aqueles que desejam contribuir com os sindicatos voluntariamente, devem procurar à entidade da categoria e solicitar à emissão de boletos bancários, sistema essa imposto “sem qualquer tipo de comunicação da Petrobras”, diz o sindicato do petroleiros. Representantes alegam que esta medida tem como objetivo principal desmobilizar e inviabilizar a luta, “pois os mesmos são fundamentais para na resistência, privatizações e subtração de direitos”,  endossam a categoria.

A Petrobras, a fim de cortar custos, vem desinvestindo muitos de seus ativos ao lango destes últimos 4 anos, com o objetivo de angariar fundos em seu caixa, diminuir à divida com seus credores e focar no pré-sal, até mesmo planos de demissão voluntária e cortes operacionais foram anunciadas recentemente para complementar e ajudar neste fluxo.

Uma situação similar aconteceu em 1995 no governo de Fernando Henrique Cardoso, em uma tentativa de interromper também este imposto, inclusive com multas milionárias aos sindicatos, mas à medida acabou não passando.

“Os trabalhadores se uniram e juntos conseguimos vencer aquelas turbulências. Seguimos em frente, sendo uma das categorias mais combativas do movimento sindical brasileiro. Agora, o governo Bolsonaro tenta calar de novo os sindicatos. Vamos resistir a mais esse ataque contra as entidades que hoje podem denunciar todos os retrocessos que estão em curso e ainda estão por vir”, declara José Maria, informando que a entidade vai tomar as medidas legais para suspender a decisão da Petrobrás.

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Paulo Nogueira

Com formação técnica, atuei no mercado de óleo e gás offshore por alguns anos. Hoje, eu e minha equipe nos dedicamos a levar informações do setor de energia brasileiro e do mundo, sempre com fontes de credibilidade e atualizadas.

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