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Petrobras começa a utilizar óleo de soja refinado da Bunge para mistura com o diesel produzido na refinaria Repar

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 04/08/2022 às 09:12
O acordo entre a Petrobras e a Bunge prevê o fornecimento de óleo de soja refinado à estatal, que está sendo destinado aos testes iniciais para o aproveitamento na mistura com o diesel R5 produzido na refinaria Repar.
Foto: Agência Petrobras.

O acordo entre a Petrobras e a Bunge prevê o fornecimento de óleo de soja refinado à estatal, que está sendo destinado aos testes iniciais para o aproveitamento na mistura com o diesel R5 produzido na refinaria Repar.

A companhia Petrobras anunciou, na última quarta-feira, (03/08), mais um contrato voltado para o refino de combustíveis no Brasil, dessa vez com a companhia Bunge, para o fornecimento de óleo de soja refinado que será utilizado na mistura com o diesel R5 produzido na Repar, no Paraná. O abastecimento do recurso já está acontecendo e a estatal está na fase de testes quanto ao aproveitamento do combustível misturado com o produto no mercado nacional. 

Óleo de soja refinado da Bunge já está sendo utilizado nas fases iniciais de testes com a mistura do diesel da Petrobras produzido na refinaria Repar

A Petrobras acaba de anunciar uma nova parceria com a companhia Bunge, para o fornecimento de óleo de soja refinado produzido pela empresa a ser utilizado na mistura do diesel R5, processado na refinaria Repar, localizada no estado do Paraná. O anúncio foi feito nesta semana, mas o fornecimento do óleo de soja refinado da Bunge já está acontecendo desde julho e o contrato prevê o início de produção até o mês de setembro de 2022. 

Agora, cerca de 1,5 milhão de litros do óleo de soja refinado da companhia serão destinados à refinaria Repar para os testes iniciais de aproveitamento do produto na mistura com o diesel R5 produzido no estado paranaense. Além disso, também será avaliada a recepção do mercado nacional quanto ao novo combustível comercializado pela Petrobras, de modo a analisar as estratégias de venda da empresa, bem como as mudanças no processo produtivo. 

O diesel R5 produzido na Repar é feito através do coprocessamento de óleos vegetais, neste caso de óleo de soja refinado, com óleo diesel de petróleo. Assim, o produto final que sai da refinaria contém um total de 95% de diesel mineral, feito a partir do petróleo, e somente 5% de diesel renovável, produzido por produtos renováveis, como os vegetais.

Com a chegada do novo diesel com óleo de soja refinado da Bunge, as distribuidoras farão a adição dos 10% de biodiesel éster, conforme estabelece a legislação atual, para então haver a adequação ao mercado nacional. 

Utilização do óleo de soja refinado da Bunge no diesel produzido pela estatal poderá contribuir para o mercado de combustíveis renováveis no Brasil 

O diesel renovável possui as mesmas utilizações do diesel mineral, mas garante uma forte redução nos impactos ambientais durante o seu consumo por automóveis e, por isso, vem sendo a grande aposta do mercado nacional de combustíveis.

Além disso, ele pode ser produzido em unidades industriais concebidas especificamente para sua produção, ou por coprocessamento em unidades de hidrotratamento já existentes, onde a carga da unidade é feita com diesel mineral misturado aos óleos vegetais.

Assim, os testes iniciais da Petrobras na produção do diesel R5 na Repar visam utilizar o óleo de soja refinado da Bunge para atrair os interessados no segmento do combustível renovável no Brasil. O mercado de transportes nacional está cada vez mais voltado para o plano de descarbonização dos veículos e, com o diesel renovável da Petrobras, esse cenário se tornará cada vez mais próximo. 

E, além da introdução do diesel renovável na produção da Repar, a Petrobras ainda pretende estimular essa nova aposta para o mercado de combustíveis nacionais em mais duas refinarias do Sudeste do país. Para isso, até o ano de 2026, serão investidos US$ 600 milhões com esse objetivo, por meio do Programa Biorrefino da companhia.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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