Petrobras surpreende com dívida acima de R$ 330 bilhões e queda no fluxo de caixa, alarmando investidores. Confira como esses números afetam o futuro da estatal.
A Petrobras, o gigante do Petróleo brasileiro, viu sua dívida líquida subir para US$ 46,1 bilhões no segundo trimestre de 2024, um aumento de 9,4% em relação ao ano anterior. Esses dados foram divulgados em relatório enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite de quinta-feira (8).
Esse crescimento reflete a pressão econômica que a estatal enfrenta, impactada por variáveis do mercado global de petróleo e pela atuação do governo, que iniciou 2024 com rombo histórico de R$ 2,9 bilhões nas estatais federais, além de uma dívida surpreendente de R$ 9,4 bilhões em comparação ao mesmo período do governo anterior.
Dívida bruta da Petrobras atingiu US$ 59,6 bilhões em 30 de junho
Ademais, a dívida bruta da Petrobras atingiu US$ 59,6 bilhões em 30 de junho, registrando uma alta de 2,9% em relação ao mesmo período de 2023. Entretanto, é interessante observar que, apesar dessa alta, houve uma redução de 3,6% em comparação ao fim de março. Isso se deve, em parte, ao aumento no prazo médio da dívida, que passou de 11,3 anos no primeiro trimestre para 11,76 anos no segundo.
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O custo médio da dívida também teve uma leve variação, subindo de 6,5% para 6,6% ao ano, um indicativo de como o mercado está precificando o risco da estatal em um cenário econômico desafiador.
Para além da dívida, a Petrobras também aumentou seus investimentos, que totalizaram US$ 3,4 bilhões no segundo trimestre de 2024, representando um incremento de 4,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse movimento reflete a contínua busca da estatal em fortalecer sua posição no mercado, apesar dos desafios impostos pelas condições econômicas e políticas. Este investimento é crucial para a Petrobras manter sua capacidade operacional e competitividade em um mercado globalizado.
Queda de 4,7 % no Fluxo de caixa livre da Petrobras: o indicador-chave para o cálculo de dividendos, foi de R$ 31,8 bilhões entre abril e junho de 2024.
Por outro lado, o fluxo de caixa livre da Petrobras, um indicador-chave para o cálculo de dividendos, foi de R$ 31,8 bilhões entre abril e junho de 2024. Este valor representa uma queda de 4,3% em relação ao segundo trimestre de 2023 e uma redução de 1,7% em comparação ao primeiro trimestre deste ano.
Esse declínio no fluxo de caixa livre ressalta os desafios que a estatal enfrenta em maximizar a geração de caixa em um cenário de preços voláteis do petróleo. O preço médio do barril de petróleo Brent, utilizado como referência, foi de US$ 84,94 no segundo trimestre, uma alta de 8,4% em um ano.
Em relação às vendas de derivados, a Petrobras registrou uma queda de 1,5% no segundo trimestre de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023, totalizando R$ 71,8 bilhões. Apesar dessa queda anual, houve um aumento de 3,5% em comparação ao primeiro trimestre de 2024. Esse crescimento trimestral foi impulsionado pelos maiores preços praticados, especialmente na venda de nafta e querosene de aviação (QAV), além de um aumento nos volumes vendidos de diesel, um reflexo do aumento da atividade econômica e da sazonalidade do consumo.
Receita com venda de diesel e gasolina
A receita com a venda de diesel somou R$ 36,4 bilhões no segundo trimestre, um aumento de 3,7% em relação ao mesmo período do ano passado e 3,8% acima do registrado no primeiro trimestre de 2024. Já a receita com gasolina foi de R$ 16 bilhões entre abril e junho, uma queda de 14,4% em relação ao segundo trimestre de 2023, mas um leve aumento de 0,9% comparado aos três primeiros meses deste ano.
O fator de utilização total (FUT) das refinarias da Petrobras ficou em 91% de abril a junho, abaixo dos 93% registrados no mesmo período de 2023. Contudo, no semestre, o FUT manteve-se em 91%, dois pontos percentuais acima da média do primeiro semestre do ano passado, demonstrando resiliência operacional em meio aos desafios enfrentados pela estatal.
A até a Globo teve que admitir o ROMBO nas estatais
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