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Petrobras, BNDES e Finep lançam edital para fundo de energia renovável e startups de baixo carbono

Escrito por Carla Teles
Publicado em 05/06/2025 às 17:58
Petrobras, BNDES e Finep lançam edital para fundo de energia renovável e startups de baixo carbono
Petrobras, BNDES e Finep lançam edital para fundo de investimento em energia renovável. Saiba como a iniciativa vai apoiar startups de baixo carbono no Brasil. Imagem: Agência Petrobras
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Iniciativa conjunta visa selecionar gestor para FIP de Corporate Venture Capital, com foco em energias renováveis e descarbonização, podendo alcançar R$ 500 milhões em aportes. A Petrobras lidera com potencial de investimento de R$ 250 milhões.

A Petrobras, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) anunciaram uma importante iniciativa. Foi lançado, nesta quarta-feira (4/6), um edital de chamada pública. O objetivo é selecionar um gestor e estruturar um Fundo de Investimento em Participações (FIP). Este fundo operará na modalidade Corporate Venture Capital (CVC), mirando o futuro da energia no Brasil.

Detalhes da iniciativa e foco do investimento

O novo fundo será dedicado a investimentos estratégicos. Ele buscará participações minoritárias em startups e também em micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) de base tecnológica. O critério principal é que estas empresas possuam soluções inovadoras. As áreas de foco são energias renováveis e de baixo carbono no Brasil. Esta ação reforça o compromisso da Petrobras com a transição energética.

Áreas estratégicas e perfil das startups alvo da Petrobras

Diversos setores são de interesse para o fundo. Entre eles estão a geração de energia renovável e o armazenamento de energia. A eletromobilidade e os combustíveis sustentáveis também são prioridade. Além disso, o fundo contemplará tecnologias de captura, utilização e estocagem de carbono (CCUS). A descarbonização de operações industriais é outra área chave. As startups alvo devem apresentar soluções já validadas. É esperado que tenham um início de receitas recorrentes, classificando-se entre os estágios Seed e Series B.

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Estrutura de investimento e potencial do fundo da Petrobras

A Petrobras demonstra seu forte engajamento no projeto. A estatal planeja investir até R$ 250 milhões. Esse valor é limitado a 49% do capital total do fundo. O BNDES, por sua vez, poderá aportar até R$ 125 milhões, restrito a 25% do fundo. A Finep participará com R$ 60 milhões, utilizando recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). As organizações afirmam que, além dos cotistas-âncora, o fundo tem potencial para receber aportes de outros investidores. Com isso, o investimento total pode alcançar até R$ 500 milhões.

Funcionamento, prazos e alinhamento estratégico do fundo

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou a importância da iniciativa. Ele aponta que o fundo está alinhado com a missão da política federal Nova Indústria Brasil. Esta política busca impulsionar a bioeconomia, a descarbonização e a transição e segurança energéticas.

Segundo a Petrobras, o gestor do fundo selecionado terá independência. Ele será responsável pelas decisões de investimentos e terá autoridade para agir em nome do fundo. A expectativa é que o processo de seleção seja concluído em outubro. O início das operações do fundo está previsto para o primeiro semestre de 2026. O prazo total do FIP será de até 12 anos. O Corporate Venture Capital (CVC) é um modelo onde empresas, geralmente de grande porte, investem em soluções emergentes. Estas soluções devem possuir potencial de crescimento e atuar em atividades estratégicas para a investidora.

Contexto da parceria e visão da Petrobras para inovação

Esta iniciativa é uma das ações do Acordo de Cooperação Técnica firmado em junho de 2023. O acordo resultou na formação da Comissão Mista BNDES-Petrobras. A comissão é voltada para as áreas de óleo e gás, com foco em pesquisa científica. Também prioriza a transição energética, descarbonização, desenvolvimento produtivo e governança.

Magda Chambriard, presidente da Petrobras, destacou o potencial do programa. “Acreditamos que por meio do programa de CVC será possível fomentar ideias e modelos de negócios inovadores, aproximando ainda mais a Petrobras do ecossistema de inovação e reforçando nossa liderança na transição energética justa”, afirmou. Ela também ressaltou que “ter parceiros experientes nesta construção, como BNDES e Finep, traz mais solidez para esta ação”.

O FIP anunciado integrará o Petrobras Innovation Ventures. Este é um novo módulo do programa Conexões para Inovação, gerido pelo Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes). O novo módulo vai incorporar todas as atividades da Petrobras em CVC. Isso inclui os investimentos no Catalyst Fund I, gerido pela Climate Investment (CI), braço de venture capital da Oil and Gas Climate Initiative (OGCI).

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Carla Teles

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