As duas maiores litotecas do Brasil cobrirão desde as primeiras descobertas de petróleo em terra, até os recentes extraídos do pré-sal. O objetivo da Petrobras é preservar a memória geológica do país.
A Petrobras informou em fato relevante, que avançou em acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) para instalação dos dois maiores acervos geológicos de rochas do país (as chamadas “litotecas”) – um no Rio de Janeiro e outro em Caeté (MG). A cerimônia que marcou o avanço do projeto aconteceu nesta sexta-feira (28/10), na sede da companhia, no RJ, e contou com a presença do ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, além dos representantes da Petrobras, ANP, SGB-CPRM e IBP.
O acervo das amostras é de propriedade da União e, atualmente, está sob a guarda da Petrobras. O projeto é fruto de um protocolo de intenções firmado, em 2018, pela Petrobras, SGB-CPRM e ANP, visando a cooperação e o apoio técnico operacional para ampliação do conhecimento geológico aplicado às áreas de petróleo e gás.
Segundo a estatal, o protocolo de intenções prevê também a instalação do Centro de Referência em Geociências, com laboratórios de alta performance, e a revitalização do Museu de Ciências da Terra.
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Em 2020, a Petrobras e a SGB-CPRM assinaram termo de cooperação para elaboração dos projetos e construção das litotecas. Em paralelo, as instituições iniciaram o projeto executivo para instalação do Centro de Referência em Geociências, além da reforma e ampliação do Museu de Ciências da Terra.
Litotecas deverão abrigar centenas de milhares de amostras de rochas coletadas ao longo de mais de 70 anos de história da exploração e produção de petróleo no Brasil
Quando construídas, as litotecas deverão abrigar centenas de milhares de amostras de rochas coletadas ao longo de mais de 70 anos de história da exploração e produção de petróleo no Brasil, cobrindo um período que vai desde as primeiras descobertas em terra, até os recentes achados extraídos do pré-sal.
O objetivo da Petrobras é contribuir para a disseminação do conhecimento geocientífico para a academia e instituições de pesquisa, além de preservar a memória geológica do país.
Para se ter ideia as rochas do pré-sal, coletadas a mais de 7 mil metros de profundidade, trazem, em si, um volume expressivo de dados, essenciais para compreender a origem da formação das jazidas, além de servir de legado para descobertas futuras.