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Péssima notícia para quem deseja comprar carros elétricos ou híbridos; imposto para importação subiu; veja para quanto

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 01/07/2024 às 14:48
A partir de hoje, imposto de importação para carros híbridos e elétricos sobe no Brasil. Veja os detalhes sobre esses aumentos. (Imagem: reprodução)
A partir de hoje, imposto de importação para carros híbridos e elétricos sobe no Brasil. Veja os detalhes sobre esses aumentos. (Imagem: reprodução)

Em um cenário econômico cada vez mais complexo, os brasileiros que sonham em adquirir um carro elétrico ou híbrido enfrentam um novo obstáculo financeiro.

O aumento significativo do imposto de importação sobre esses veículos é uma realidade que promete abalar o mercado. Esta mudança, que entra em vigor a partir de hoje, ameaça não apenas os consumidores, mas também o futuro da indústria automotiva nacional.

Novo Aumento de Impostos

A partir de hoje, 1º de julho de 2024, o imposto de importação para carros híbridos e elétricos sofreu um novo aumento no Brasil. Os modelos híbridos agora são taxados em 25%, enquanto os híbridos plug-in enfrentam uma tarifa de 20%.

Os carros totalmente elétricos não ficam de fora e terão um imposto de 18%. Esse é o segundo reajuste desde janeiro deste ano, quando as tarifas, anteriormente zeradas desde 2016, voltaram a ser cobradas de forma escalonada.

Impacto dos Reajustes

Os aumentos não param por aqui. Novos reajustes estão programados para 2025 e 2026, conforme a tabela abaixo:

  • Híbridos: 25% em julho de 2024, 30% em julho de 2025, e 35% em julho de 2026.
  • Híbridos plug-in: 20% em julho de 2024, 28% em julho de 2025, e 35% em julho de 2026.
  • Elétricos: 18% em julho de 2024, 25% em julho de 2025, e 35% em julho de 2026.

Segundo a Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a antecipação dessas cobranças é uma necessidade urgente.

O presidente da Anfavea, Marcio de Lima Leite, destacou os perigos que o volume crescente de importações representa para a competitividade da indústria automotiva brasileira.

“Continuamos reféns das importações. Elas atacam a nossa competitividade, agora e no futuro”, disse Leite durante o Seminário AutoData.

Estratégias das Fabricantes De Carros Elétricos

Diversas fabricantes já estão se adaptando a essa nova realidade. A BYD, por exemplo, antecipou-se ao aumento do imposto trazendo um navio cargueiro com mais de 5,5 mil carros em maio, garantindo que esses veículos não fossem afetados pelo reajuste. Entretanto, cabe às próprias montadoras a decisão de repassar ou não esse custo adicional aos consumidores.

Produção Nacional de Carros Elétricos:

Apesar do crescente interesse por carros elétricos e híbridos, o Brasil ainda não produz esses modelos em larga escala. Atualmente, apenas os modelos Toyota Corolla e Corolla Cross são fabricados localmente com motores híbridos. O investimento no setor é significativo, ultrapassando R$ 80 bilhões em 2024, mas ainda levará algum tempo para que outros modelos híbridos nacionais das grandes marcas cheguem ao mercado.

Carros Elétricos e os Avanços das Marcas Chinesas:

As marcas chinesas estão à frente nesse cenário. A Caoa Chery iniciará a produção do Tiggo 8 híbrido ainda em 2024, em Anápolis (GO), utilizando o regime CKD, onde peças são importadas da China para montagem no Brasil. A GWM também confirmou a produção de modelos pré-série do Haval H6 em Iracemápolis (SP), com previsão de chegada ao mercado no primeiro trimestre de 2025.

Planos das Marcas Tradicionais:

Além das marcas chinesas, outras fabricantes tradicionais também aceleram seus planos de desenvolvimento de híbridos.

A Stellantis lançará modelos micro-híbridos ainda em 2024. A Volkswagen e a Renault seguirão a mesma linha, com lançamentos previstos para 2027.

Em 2028, a Honda promete seu primeiro carro híbrido nacional com motor flex. A Chevrolet, por sua vez, anunciou planos para a produção de motores híbridos no Brasil, mas ainda sem uma data definida.

Esse aumento dos impostos de importação de carros elétricos e híbridos traz uma nova dinâmica para o mercado automotivo brasileiro. Mas, e aí, será que o Brasil conseguirá competir no mercado global de veículos elétricos e híbridos ou continuará dependente das importações? Deixe sua opinião nos comentários!

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015. Especialista em temas como política, empregos e economia.

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