Pesquisas sobre minerais recebem plano estratégico nacional. O PlanGeo 2026–2035 prioriza sustentabilidade, mineração, transição energética, segurança alimentar e minerais críticos. A iniciativa envolve consulta pública, projetos prioritários e metas para ampliar estudos minerais no Brasil
Pesquisas sobre minerais estão no centro de um movimento que promete mudar a forma como o Brasil se organiza em relação ao seu potencial geológico.
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) apresentou o Plano Decenal de Pesquisa de Recursos Minerais, chamado de PlanGeo 2026–2035, segundo uma matéria publicada.
A proposta mostra como o país quer avançar no levantamento e na avaliação de áreas com potencial para diferentes tipos de minerais.
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O plano tem atenção especial para os minerais críticos e estratégicos, fundamentais para setores como energia, agricultura e indústria.
Ao todo, foram definidas 145 áreas para receber estudos, considerando a manutenção do orçamento atual.
O projeto destaca minerais como terras raras, lítio, cobre, níquel, manganês, grafita, estanho, ouro, fosfato e potássio.
Outro ponto importante é que a definição dessas áreas teve a participação da sociedade por meio de uma consulta pública, permitindo que as escolhas refletissem também os interesses coletivos.
O PlanGeo foi pensado para alinhar a pesquisa mineral às necessidades do Brasil no cenário mundial, garantindo soberania, atraindo investimentos e fortalecendo a posição do país nas cadeias globais.
Mais que um plano técnico, ele representa uma forma de pensar o futuro com inovação e sustentabilidade.
Sustentabilidade como eixo central no PlanGeo
Quando se fala em pesquisas sobre minerais, a palavra sustentabilidade aparece como prioridade. O PlanGeo 2026–2035 traz uma visão de longo prazo que considera a importância de cuidar dos recursos naturais.
A meta é equilibrar exploração com responsabilidade, respeitando o meio ambiente e garantindo benefícios duradouros para a sociedade.
Na prática, isso significa que a escolha dos minerais estratégicos não se limita apenas ao potencial econômico, mas também ao papel que eles podem ter na transição para fontes de energia mais limpas e no uso consciente dos recursos.
Essa conexão entre pesquisa mineral e sustentabilidade fortalece a posição do Brasil em negociações internacionais e abre espaço para novas parcerias.
Mineração e participação social no planejamento
Outro ponto que chama a atenção no novo plano é a forma como ele foi construído. Para orientar as pesquisas sobre minerais, o SGB contou com uma consulta pública, prevista na Portaria Normativa nº 72/GM/MME de 2024.
Esse processo permitiu que setores da sociedade participassem ativamente da definição das prioridades.
As contribuições recebidas foram avaliadas pela equipe técnica e serviram para ajustar a lista de projetos mais votados em diferentes blocos temáticos.
Esse modelo de participação reforçou o vínculo entre mineração e cidadania, já que a população teve espaço para indicar quais áreas e substâncias deveriam ser incluídas ou reclassificadas.
O resultado foi uma carteira de projetos mais próxima das expectativas nacionais e com maior viabilidade de execução.
Transição energética e minerais críticos em foco
As pesquisas sobre minerais ganham força também por causa das transformações energéticas em andamento no mundo.
O PlanGeo destaca recursos como lítio, níquel, manganês e grafita, todos considerados minerais críticos para a produção de baterias, equipamentos elétricos e tecnologias de energia limpa.
O plano também valoriza terras raras, fundamentais para dispositivos eletrônicos, e o cobre, essencial em sistemas de transmissão elétrica.
Além disso, o fosfato e o potássio aparecem como estratégicos para garantir segurança alimentar, pois são usados diretamente na produção de fertilizantes.
Essa combinação de minerais críticos reforça a ligação entre pesquisa mineral, transição energética e agricultura.
Segurança alimentar e inovação no setor mineral
As pesquisas sobre minerais não se restringem apenas à indústria e à energia. O PlanGeo coloca a segurança alimentar como um dos eixos principais ao priorizar minerais como fosfato e potássio.
Eles são insumos básicos para fertilizantes, indispensáveis para a agricultura brasileira.
Além disso, o plano incorporou cinco novas propostas resultantes da consulta pública, ampliando o campo de estudo e inovação.
Essa atualização mostra que o setor mineral pode se conectar diretamente com áreas estratégicas como o agronegócio e a indústria de alta tecnologia.
A integração entre pesquisa, inovação e segurança alimentar fortalece a visão de desenvolvimento sustentável do Brasil.