Pesquisadores acreditaram ter localizado um avião desaparecido em uma região remota, mas ao chegar no local, descobriram que era algo totalmente diferente
No início deste ano, uma descoberta intrigante reascendeu como esperanças de solucionar um dos mistérios mais intrigantes da aviação. Pesquisadores captaram imagens de sonar de um objeto em formato semelhante a um avião pousado, localizado a cerca de 16.400 pés (aprox. 5 km) de profundidade no Oceano Pacífico.
O local, próximo à Ilha Howland, era o destino final planejado por Amelia Earhart antes de seu desaparecimento em 1937. Apesar da euforia inicial, as análises revelaram uma dura realidade.
Em novembro, a empresa de exploração Deep Sea Vision anunciou que o suposto avião era apenas uma formação rochosa com contornos curiosamente semelhantes ao Lockheed 10-E Electra.
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Tony Romeo, CEO da empresa, descreveu a descoberta como uma das “formações mais cruéis já criadas pela natureza”.
Uma busca sem fim
Tony Romeo vendeu seus negócios imobiliários para financiar uma expedição de US$ 11 milhões, apostando na tecnologia de sonar e em veículos subaquáticos avançados. Sua equipe mapeou 5.200 milhas quadradas do fundo do oceano, com esperanças de desvendar o mistério.
O esforço reflete décadas de pesquisas de localização do avião de Earhart, liderado por pesquisadores como Elgen Long, que concluiu que a aviadora ficou sem combustível próximo à Ilha Howland. Empresas como Deep Sea Vision e Nauticos vêm refinando a área de busca com cada expedição, mesmo enfrentando sucessivos fracassos.
A lenda do avião de Earhart
Na década de 1930, Amelia Earhart era um ícone global. Ela foi a primeira mulher a cruzar o Atlântico como passageira e, posteriormente, a primeira a fazer a mesma trajetória como piloto solo. Sua última missão, uma tentativa de circunavegar o globo, terminou tragicamente após 20.000 milhas percorridas.
A busca oficial pelo avião durou apenas duas semanas, mas a curiosidade pública nunca cessou. Desde então, teorias da conspiração e especulações sobre seu destino alimentam a imaginação popular.
Contudo, como aponta Dorothy Cochrane, curadora do Smithsonian, encontrar o Electra não apenas encerraria o mistério, mas também destacaria o impacto duradouro de Earhart na aviação e na história das mulheres.
Persistência e esperança
Mesmo após as revelações recentes, Romeo promete continuar a busca. “Estou super decepcionado, mas é assim que a vida é”, declarou. A Náuticos, por sua vez, finalizou uma análise de dados de rádio para planejar novas missões.
Embora nenhuma evidência concreta surja, o legado de Earhart permanece. Sua bravura e pioneirismo continuam a inspirar gerações, e a busca por respostas mantém viva a história de uma das figuras mais fascinantes do século XX.