Em um experimento realizado na Guadeloupe, uma cientista entrou voluntariamente em uma câmara selada com 32 mil mosquitos tigres após aplicar um novo repelente natural. O teste teve como objetivo comprovar a eficácia do produto contra a espécie invasora Aedes albopictus, conhecida pela transmissão de doenças como dengue, chikungunya e Zika.
A pesquisadora Marie Modeste, especialista em biotecnologia molecular, se submeteu ao teste após aplicar o produto Kreopik em todo o corpo. O repelente, formulado com ingredientes locais e naturais, foi desenvolvido por cientistas da região como alternativa ecológica aos produtos químicos. A experiência durou mais de 20 minutos, e Modeste não sofreu nenhuma picada, mesmo diante de milhares de mosquitos famintos há mais de oito horas.
A eficácia do repelente chamou atenção não apenas pelo resultado, mas também pelo rigor do experimento. Antes da aplicação do produto, uma fase de controle foi realizada, onde a cientista expôs o braço em uma pequena câmara e recebeu várias picadas. Essa etapa serviu para validar o padrão de comportamento dos insetos.
Fórmula 100% natural e produção local
Kreopik é composto por óleos essenciais, manteiga de cacau e manteiga de karité. A proposta é oferecer uma solução totalmente vegetal, segura para humanos e eficaz contra mosquitos e carrapatos. A iniciativa busca também reduzir o impacto ambiental de repelentes convencionais e fortalecer a cadeia produtiva local.
-
Rússia invade espaço aéreo da Polônia com mais de 10 drones na madrugada de 10 de setembro e força OTAN a invocar Artigo 4 pela 7ª vez desde 1949
-
Não espere o imprevisto: autônomos e MEIs precisam agir de forma proativa para garantir a segurança financeira que a carteira assinada oferece
-
A reunião em Xangai não foi só desfile: energia e dissuasão nuclear andaram juntas, gasoduto Rússia–China ‘assinado’ e míssil intercontinental exibido como recado direto aos Estados Unidos
-
O grito de Ano Bom chega a Brasília: ilha africana pede socorro ao Brasil contra violações de direitos humanos
Além da pesquisa com repelentes, os cientistas envolvidos no projeto planejam lançar um herbicida natural com base nos mesmos princípios. O foco é expandir o uso de biotecnologia sustentável no controle de pragas, substituindo substâncias sintéticas por alternativas baseadas na biodiversidade regional.
Mosquitos tigres avançam em novas regiões
O Aedes albopictus, conhecido como mosquito tigre, tem ampliado sua presença na Europa, especialmente na França metropolitana, e em diversas áreas tropicais do mundo. Sua capacidade de adaptação a ambientes urbanos e climáticos variados representa um risco crescente à saúde pública.
Por isso, autoridades e pesquisadores têm intensificado os esforços para encontrar soluções seguras e eficazes. Alternativas naturais como o Kreopik surgem como opções promissoras, sobretudo em locais onde o uso intensivo de inseticidas tem causado resistência nos vetores.
Proteção imediata com soluções acessíveis
Enquanto produtos como o Kreopik não estão amplamente disponíveis no mercado, especialistas recomendam medidas preventivas simples. Entre elas, o uso de plantas repelentes em áreas externas, como citronela, lavanda e alecrim, e a eliminação de criadouros de mosquitos, como água parada em vasos e calhas.
Também é possível utilizar telas em janelas, roupas de manga longa e ventiladores para afastar os insetos. A integração dessas práticas com produtos naturais pode criar um ambiente mais seguro, especialmente durante as estações mais quentes e chuvosas.
Resultados reforçam mudança de paradigma
A demonstração com os 32 mil mosquitos reforça a viabilidade de soluções biológicas e naturais no controle de vetores. A segurança do produto, associada à sua eficácia, pode impulsionar políticas públicas e estratégias comunitárias voltadas ao uso sustentável de recursos locais.
A informação foi divulgada pelo portal La 1ère FranceInfo em reportagem sobre os testes realizados na Guadeloupe, destacando o avanço do desenvolvimento científico da região e seu potencial impacto global no combate a arboviroses.
O que você acha dos repelentes naturais ganhando espaço como alternativa aos tradicionais? Usaria um que fosse tão eficaz quanto os químicos?