O estudo da Vale, para o projeto de sulfato de níquel no Canadá, visa produtos de baixo carbono e alta pureza
A empresa Vale, maior produtora mundial de minério de ferro, pelotas de minério de ferro e segunda maior produtora mundial de níquel, minério de manganês, ferroligas, carvão, cobre, ouro, prata, cobalto, potássio, fosfatados e outros, declara que o estudo de pré-viabilidade para uma proposta de sulfato de níquel em Quebec (Canadá) foi concluído.
Segundo a mineradora, a iniciativa estratégica de produção de sulfato de níquel no Canadá ressalta o foco da mineradora Vale em oferecer produtos de níquel de baixo carbono e alta pureza para a ascendente indústria de veículos elétricos.
O projeto apresentado em Bécancour, Quebec, Canadá – país onde o Brasil apresentará oportunidades de negócios no setor de mineração – seria a primeira planta de produção de sulfato de níquel exclusivamente doméstico para o setor norte americano, impulsionando a presente e também a futura produção de níquel de alta qualidade e baixo carbono das operações mundiais da Vale no Canadá.
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Projeto da Vale vai ter capacidade anual de 25 mil toneladas de sulfato de níquel
Em fato importante expedido à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Vale – que recentemente lançou projeto milionário de sustentabilidade – informa que com base nas pesquisas de pré-viabilidade, o projeto de sulfato de níquel no Canadá, teria uma capacidade por ano de processamento de cerca de 25 mil toneladas de níquel contido em sulfato de níquel, que é o composto químico usado na fabricação de precursores para baterias de íons de lítio à base de níquel.
A empresa ressalta ainda que sua decisão final de investimento, no estudo de sulfato de níquel no Canadá, e o cronograma do projeto necessitam de alguns fatores, incluindo a integração e necessidades da cadeia de baterias e também aprovações do Conselho e regulatórias.
Segundo diz a vice-presidente executiva de metais básicos da Vale no Canadá, Deshnee Naidoo, “Essa é uma validação essencial para um projeto que oferece tanto a diversificação das vendas quanto uma entrada acelerada na crescente cadeia de suprimentos de baterias da América do Norte”.
“Esperamos continuar as discussões com potenciais parceiros, bem como com o governo de Quebec e o governo do Canadá, para concretizar este projeto estratégico”, termina.
A Vale está entre as 10 maiores pagadoras mundiais de dividendos
A Vale está na posição mundial como a 9ª empresa que mais pagou dividendos aos seus acionistas no primeiro trimestre do ano de 2022. O ranking de corporações foi publicado no relatório da Janus Henderson, grupo britânico de gestão de ativos globais com sede em Londres. Este ranking é feito trimestralmente desde o ano de 2009.
Abaixo, está a lista com os nomes das 10 melhores empresas pagadoras de dividendos do mundo:
- BHP;
- Novartis;
- Maersk;
- Roche;
- Microsoft;
- Siemens;
- Exxon;
- AT&T;
- Vale;
- Apple.
Como visto, o ranking é comandado por empresas americanas, mostrando a relevância da Vale nesta lista, já que além de ser a única brasileira, ela também foi a única eleita entre empresas de países emergentes.
E tudo isso aconteceu em um cenário não tão benigno para a Vale, visto que a mineradora enfrentou um trimestre difícil em termos de resultados.
De antemão, a empresa foi impactada por questões sazonais, devido às tempestades de verão do 1º trimestre, que paralisaram as suas operações.
Paralelo a isso, a companhia ainda foi prejudicada por questões macroeconômicas. A ampliação de lockdowns em importantes regiões produtoras de aço na China e a tendência de desaceleração econômica da gigante asiática atrapalharam o desempenho da mineradora.
Como resultado, a companhia teve queda nos principais indicadores financeiros, registrando um lucro líquido de US$ 4 bilhões entre janeiro e março de 2022, representando uma queda de 19,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
A receita líquida de vendas também teve um recesso, caindo para US$ 10,8 bilhões. O Ebitda (lucro ante juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 26,9%, indo para US$ 6,2 bilhões, valor abaixo do consenso do setor, que visava algo em torno de US$ 6,7 bilhões.