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Pesquisa científica revela conexão entre bactérias bucais e doenças neurodegenerativas

Escrito por Sara Aquino
Publicado em 20/02/2025 às 10:27
Pesquisas revelam que bactérias bucais podem impactar a saúde cerebral e o envelhecimento, aumentando o risco de Alzheimer.
Foto: IA
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Pesquisas revelam que bactérias bucais podem impactar a saúde cerebral e o envelhecimento, aumentando o risco de Alzheimer.

A saúde bucal vai além do sorriso: novas pesquisas científicas revelam que as bactérias presentes na boca podem ter um impacto significativo na função cerebral e no envelhecimento.

Essas descobertas indicam que a presença de certas bactérias bucais pode estar ligada ao desenvolvimento de doenças como o Alzheimer, além de influenciar diretamente a memória, atenção e até mesmo a saúde cognitiva ao longo dos anos. 

A relação surpreendente entre as bactérias bucais e o envelhecimento 

Nos últimos anos, cientistas têm investigado como a microbiota oral, composta por diversas bactérias, pode afetar o cérebro.

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Estudo recente aponta que microrganismos como Neisseria, Haemophilus, Porphyromonas e Prevotella podem ter papel crucial no desencadeamento de doenças cognitivas.

Quando essas bactérias entram na corrente sanguínea, elas podem causar inflamação e prejudicar a saúde cerebral, favorecendo o surgimento de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer. 

O aumento da inflamação, causado por essas bactérias, está diretamente ligado a um declínio cognitivo mais acelerado, afetando funções importantes como a memória e atenção.

Esse processo é especialmente notável no envelhecimento, quando o cérebro já começa a passar por mudanças naturais que podem comprometer a saúde cognitiva. 

Predição genética e diagnóstico precoce 

Com o avanço das pesquisas em predição genética, cientistas agora conseguem mapear o risco genético de uma pessoa desenvolver doenças neurodegenerativas.

Ao analisar o perfil de bactérias bucais, é possível identificar um risco potencial de declínio cognitivo. Isso abre novas portas para diagnósticos precoces e intervenções antes que as condições se agravem. 

Um estudo recente revelou que pessoas com maior presença de bactérias como Porphyromonas podem ter uma probabilidade mais alta de desenvolver o Alzheimer.

Esse achado tem implicações importantes para o diagnóstico precoce e estratégias preventivas, que podem ser baseadas em fatores genéticos e na análise da microbiota oral. 

Como prevenir: a dieta saudável e os probióticos como aliados 

Uma dieta equilibrada e rica em nutrientes essenciais pode desempenhar um papel fundamental na manutenção de uma boa saúde bucal e cerebral.

Alimentos ricos em nitrato, como beterraba e espinafre, podem ajudar a reduzir a inflamação e melhorar a circulação sanguínea, o que favorece a saúde cerebral.

Além disso, probióticos, presentes em alimentos como iogurte e kefir, podem ajudar a equilibrar a microbiota oral, prevenindo o crescimento de bactérias prejudiciais. 

A higiene oral adequada também é essencial para evitar que as bactérias bucais se proliferem e cheguem ao sistema circulatório.

Escovar os dentes regularmente, usar fio dental e realizar visitas periódicas ao dentista são hábitos simples que podem ter um impacto profundo na prevenção do declínio cognitivo e no combate ao risco de doença de Alzheimer. 

A importância da pesquisa científica 

Esses estudos estão começando a demonstrar como fatores aparentemente simples, como a presença de bactérias na boca, podem ter implicações sérias para a saúde cerebral.

A pesquisa científica continua a ser fundamental para desvendar a complexa relação entre a microbiota bucal e o cérebro.

Com isso, novas estratégias podem ser desenvolvidas para prevenir doenças cognitivas e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos ao longo do envelhecimento. 

Portanto, manter uma boa saúde bucal, adotar uma dieta saudável e acompanhar o risco genético de doenças neurodegenerativas pode ser o caminho para um envelhecimento mais saudável e longe de doenças como o Alzheimer.

A ciência continua a explorar esses caminhos, oferecendo esperança para um futuro com diagnóstico e tratamento mais eficazes. 

BBC

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Sara Aquino

Farmacêutica Generalista e Redatora. Escrevo sobre Empregos, Cursos, Ciência, Tecnologia e Energia. Apaixonada por leitura, escrita e música.

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