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Argentina entra em colapso cambial: peso atinge mínima de 1.476 por dólar mesmo após resgate dos EUA

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 20/10/2025 às 18:10
Cédulas argentinas sobre mesa com gráfico de câmbio em queda mostrando desvalorização do peso frente ao dólar em 2025.
Notas de pesos argentinos diante de um gráfico de queda cambial indicam a mínima histórica de 1.476 por dólar, registrada em outubro de 2025.
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Peso chega a 1.476 por dólar em meio à forte pressão eleitoral e incertezas econômicas

O peso argentino atingiu novo patamar mínimo nesta segunda-feira, 20 de outubro de 2025, apesar dos esforços financeiros realizados pelos Estados Unidos desde 9 de outubro.
Mesmo após aportes de US$ 400 milhões do Tesouro americano, a moeda voltou a cair e registrou o pior desempenho desde o início do ano.
Às 13h55 (horário de Brasília), a cotação estava em 1.468,03 pesos por dólar, segundo informações da Revista Exame, publicadas às 13h58 do mesmo dia.

Intervenção e acordo de swap com os Estados Unidos

O Banco Central da Argentina confirmou, em outubro de 2025, a formalização de um acordo de swap cambial com os EUA, avaliado em até US$ 20 bilhões.
A medida, segundo a autoridade monetária, faz parte de um esforço para conter a crise cambial e estabilizar a moeda em meio à forte pressão inflacionária e eleitoral.
Ainda assim, a cotação rompeu o limite inferior da banda cambial adotada desde abril, atingindo 1.476 pesos por dólar. Isso representa a pior taxa desde o início da intervenção americana.

Pressão eleitoral e desconfiança dos investidores

Mesmo com o apoio liderado pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, o mercado argentino segue em tensão. Investidores locais continuam migrando para o dólar em busca de proteção.
A movimentação reflete o temor de uma possível derrota do presidente Javier Milei nas eleições legislativas de 26 de outubro.
Além disso, a instabilidade política e econômica tem ampliado a demanda por moeda estrangeira.
Com isso, a desvalorização do peso se aprofundou, mesmo após as medidas de contenção.

Reservas em queda e risco de desvalorização oficial

De acordo com a consultoria argentina Romano Group, as reservas líquidas do Banco Central em moeda forte caíram abaixo de US$ 5 bilhões. Esse cenário aumenta o temor de uma nova desvalorização oficial após o pleito eleitoral, conforme relatado pelo jornal britânico Financial Times.
Analistas destacam que, enquanto o governo tenta reforçar as reservas com apoio externo, o mercado segue pressionando o câmbio.
A forte incerteza política e a busca por proteção cambial intensificam a volatilidade da moeda.

Crise cambial e perspectivas

Portanto, mesmo com injeções de dólares e acordos internacionais, o peso argentino continua fragilizado.
A situação reflete a desconfiança dos investidores e o agravamento da crise econômica.
As medidas adotadas até o momento não foram suficientes para conter a escalada do câmbio, o que reforça o cenário de instabilidade antes das eleições de 26 de outubro.
Com isso, o governo argentino enfrenta o desafio de equilibrar apoio externo e confiança interna.
O país vive um momento em que a política e a economia se entrelaçam de forma crítica.

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Antimortadela
Antimortadela
20/10/2025 18:30

Ou seja: é o MEDO da volta da esquerda ao Poder que tem levado a uma corrida ao dólar. Os argentinos querem proteger o seu patrimônio e, para isso, preferem a moeda norte-americana ao invés do peso argentino, que não para de perder valor. Por isso a crise cambial.

Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração, economia, inovação e curiosidades, tecnologia, geopolítica, governo, entre outros temas. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo. Para sugestões de pauta e feedbacks, faça contato no e-mail: avizzcaio12@gmail.com.

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