1. Início
  2. / Economia
  3. / Pelo terceiro mês a indústria brasileira ficou abaixo de 50 no Índice de Gerentes de Compras (PMI), pior desempenho desde 2023
Tempo de leitura 2 min de leitura Comentários 0 comentários

Pelo terceiro mês a indústria brasileira ficou abaixo de 50 no Índice de Gerentes de Compras (PMI), pior desempenho desde 2023

Escrito por Sara Aquino
Publicado em 10/09/2025 às 20:38
O PMI da S&P Global caiu para 47,7 em agosto, indicando retração da indústria brasileira. Tarifaço dos EUA e crédito caro derrubaram encomendas e empregos, mas empresas apostam em tecnologia e novos mercados para recuperar o fôlego.
O PMI da S&P Global caiu para 47,7 em agosto, indicando retração da indústria brasileira. Tarifaço dos EUA e crédito caro derrubaram encomendas e empregos, mas empresas apostam em tecnologia e novos mercados para recuperar o fôlego. Imagem: Easy360
Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo

O PMI da S&P Global caiu para 47,7 em agosto, indicando retração da indústria brasileira. Tarifaço dos EUA e crédito caro derrubaram encomendas e empregos, mas empresas apostam em tecnologia e novos mercados para recuperar o fôlego.

A indústria brasileira atravessou um agosto de forte desaquecimento, marcado por dois fatores principais: a nova barreira tarifária imposta pelos Estados Unidos a produtos nacionais e o encarecimento do crédito dentro do país.

O resultado foi a pior deterioração das condições operacionais em mais de um ano.

O levantamento da S&P Global mostra que o Índice de Gerentes de Compras (PMI) recuou para 47,7 pontos, ante 48,2 em julho.

Com esse desempenho, o indicador ficou pelo quarto mês seguido abaixo de 50 pontos, patamar que diferencia expansão de retração.

Exportações brasileiras sob pressão

O “tarifaço” norte-americano entrou em vigor em agosto e afetou diretamente setores estratégicos do Brasil.

Produtos como carnes, café, frutas e calçados — que respondem por 36% das exportações para os EUA — passaram a pagar sobretaxa de 50%.

Outras mercadorias também enfrentam taxação de 25% a 50%.

Esse cenário levou empresas a relatarem cancelamento de contratos internacionais e queda no volume de pedidos, agravando o desaquecimento da produção local.

Para tentar conter os prejuízos, o governo anunciou crédito facilitado, postergação de impostos e novos estímulos às exportações.

Demanda interna também enfraquece

Não foi apenas o mercado externo que pesou no desempenho.

Com os juros em patamares elevados, consumidores e empresas reduziram a demanda, o que ampliou a queda de encomendas.

Segundo a pesquisa, a retração na entrada de novos pedidos foi a mais intensa dos últimos dois anos.

A consequência direta foi a redução da atividade produtiva pelo quarto mês consecutivo.

O encolhimento também atingiu o mercado de trabalho, com o corte de vagas mais expressivo desde abril de 2023.

Insumos mais baratos aliviam parte dos custos

Em meio ao quadro adverso, houve uma notícia positiva: o custo de insumos caiu ao menor nível em 17 meses.

Apenas setores como químicos, alimentos, metais e eletrônicos tiveram reajustes, enquanto aço, petróleo, algodão e celulose ficaram mais baratos.

Essa redução ajudou algumas empresas a conter perdas.

Indústria aposta em recuperação no médio prazo

Apesar da retração, o setor industrial não perdeu o otimismo.

A expectativa é que a diversificação de destinos para exportação, aliada à modernização do parque fabril e ao investimento em tecnologia, ajude a retomar o crescimento nos próximos meses.

Aplicativo CPG Click Petroleo e Gas
Menos Anúncios, interação com usuários, Noticias/Vagas Personalizadas, Sorteios e muitos mais!
Inscreva-se
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Sara Aquino

Farmacêutica Generalista e Redatora. Escrevo sobre Empregos, Cursos, Ciência, Tecnologia e Energia, Geopolítoca, Econômia. Apaixonada por leitura e escrita.

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x