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Pela 1ª vez desde junho, Petrobras anuncia aumento no preço da gasolina nas refinarias

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 24/01/2023 às 13:42
O aumento no preço da gasolina nas refinarias brasileiras é decorrente da alta no barril do petróleo no mercado internacional. A Petrobras ainda não projeta os impactos nas bombas de gasolina quanto aos valores cobrados pelos produtos.
Fonte: Quatro Rodas

O aumento no preço dos combustíveis nas refinarias brasileiras é decorrente da alta no barril do petróleo no mercado internacional. A Petrobras ainda não projeta os impactos nas bombas de gasolina quanto aos valores cobrados pelos produtos.

O mercado de combustíveis nacional assiste a mais um momento de instabilidade neste início de 2023. Para esta quarta-feira, (25/01), a companhia estatal Petrobras irá aumentar em 23 centavos ou 7,46% o preço da gasolina nas refinarias brasileiras. Essa é a primeira vez que a empresa realiza um aumento nos valores desde junho de 2022. Os problemas no mercado internacional refletem atualmente na necessidade de reajustes nos preços cobrados pela estatal, segundo justifica a companhia.

Petrobras cobrará 7,46% a mais no preço da gasolina nas refinarias de combustíveis brasileiras a partir desta quarta-feira

Após vários meses de recuo nos valores do combustível no mercado nacional, a Petrobras anunciou um aumento no preço da gasolina nas refinarias.

O produto passará de R$ 3,08 para R$ 3,31, um aumento significativo de 7,46% em comparação aos valores cobrados anteriormente.

O último reajuste feito no valor da gasolina foi em dezembro de 2022, quando a estatal reduziu o preço do litro em 6,1% nas refinarias brasileiras.

Agora, a empresa volta a subir os preços do produto no mercado nacional, após mais de 6 meses desde o último aumento, que aconteceu em junho de 2022. Na ocasião, a petroleira subiu os preços em 5,18%.

“Esse aumento acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”, destacou a companhia em comunicado.

Atualmente, a empresa adota a política de preço conhecida como Política de Paridade de Importação (PPI) para o valor dos combustíveis no Brasil.

Ela considera o valor do câmbio e os preços cobrados pelo barril do petróleo no mercado internacional, impactando consideravelmente o Brasil com a volatilidade do segmento em outros países.

Segundo relatório da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) divulgado também nessa terça, a gasolina está defasada em 14%. Dessa forma, a Petrobras teve de realizar reajustes no preço do produto para garantir a paridade quando à política de preços.

Política de preços adotada pela estatal no mercado de combustíveis nacional é criticada tanto pelo Governo Bolsonaro quanto pelo atual Governo Lula 

Mesmo com as divergências de ideais políticos evidentes, o atual Governo Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro convergem quanto às críticas à atual política de preço adotada pela Petrobras no Brasil.

Devido à alta no barril do petróleo no exterior, causada pelos conflitos entre Rússia e Ucrânia, o ex-presidente renomeou o comandante da estatal duas vezes em 2022.

Ele visava contornar os altos valores cobrados pela gasolina e demais combustíveis no Brasil.

Neste ano, os preços do petróleo aceleraram, apesar de um ritmo menor que em 2022. Em 6 de janeiro, o barril de petróleo fechou em 77 dólares.

Mesmo com a desaceleração no aumento dos preços, o atual governo também é contrário à política de preços adotada pela Petrobras.

O candidato à futura presidência da estatal, Jean Paul Prates, já informou publicamente que procurará alterar a política de preços.

Dessa forma, ele conseguirá evitar um aumento como o realizado pela Petrobras no preço da gasolina nesta semana, minimizando os impactos ao mercado de combustíveis.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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