O aumento no preço dos combustíveis nas refinarias brasileiras é decorrente da alta no barril do petróleo no mercado internacional. A Petrobras ainda não projeta os impactos nas bombas de gasolina quanto aos valores cobrados pelos produtos.
O mercado de combustíveis nacional assiste a mais um momento de instabilidade neste início de 2023. Para esta quarta-feira, (25/01), a companhia estatal Petrobras irá aumentar em 23 centavos ou 7,46% o preço da gasolina nas refinarias brasileiras. Essa é a primeira vez que a empresa realiza um aumento nos valores desde junho de 2022. Os problemas no mercado internacional refletem atualmente na necessidade de reajustes nos preços cobrados pela estatal, segundo justifica a companhia.
Petrobras cobrará 7,46% a mais no preço da gasolina nas refinarias de combustíveis brasileiras a partir desta quarta-feira
Após vários meses de recuo nos valores do combustível no mercado nacional, a Petrobras anunciou um aumento no preço da gasolina nas refinarias.
O produto passará de R$ 3,08 para R$ 3,31, um aumento significativo de 7,46% em comparação aos valores cobrados anteriormente.
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O último reajuste feito no valor da gasolina foi em dezembro de 2022, quando a estatal reduziu o preço do litro em 6,1% nas refinarias brasileiras.
Agora, a empresa volta a subir os preços do produto no mercado nacional, após mais de 6 meses desde o último aumento, que aconteceu em junho de 2022. Na ocasião, a petroleira subiu os preços em 5,18%.
“Esse aumento acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”, destacou a companhia em comunicado.
Atualmente, a empresa adota a política de preço conhecida como Política de Paridade de Importação (PPI) para o valor dos combustíveis no Brasil.
Ela considera o valor do câmbio e os preços cobrados pelo barril do petróleo no mercado internacional, impactando consideravelmente o Brasil com a volatilidade do segmento em outros países.
Segundo relatório da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) divulgado também nessa terça, a gasolina está defasada em 14%. Dessa forma, a Petrobras teve de realizar reajustes no preço do produto para garantir a paridade quando à política de preços.
Política de preços adotada pela estatal no mercado de combustíveis nacional é criticada tanto pelo Governo Bolsonaro quanto pelo atual Governo Lula
Mesmo com as divergências de ideais políticos evidentes, o atual Governo Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro convergem quanto às críticas à atual política de preço adotada pela Petrobras no Brasil.
Devido à alta no barril do petróleo no exterior, causada pelos conflitos entre Rússia e Ucrânia, o ex-presidente renomeou o comandante da estatal duas vezes em 2022.
Ele visava contornar os altos valores cobrados pela gasolina e demais combustíveis no Brasil.
Neste ano, os preços do petróleo aceleraram, apesar de um ritmo menor que em 2022. Em 6 de janeiro, o barril de petróleo fechou em 77 dólares.
Mesmo com a desaceleração no aumento dos preços, o atual governo também é contrário à política de preços adotada pela Petrobras.
O candidato à futura presidência da estatal, Jean Paul Prates, já informou publicamente que procurará alterar a política de preços.
Dessa forma, ele conseguirá evitar um aumento como o realizado pela Petrobras no preço da gasolina nesta semana, minimizando os impactos ao mercado de combustíveis.