Em uma história inusitada, uma pedra preciosa de valor milionário permaneceu esquecida como simples peso de porta. O objeto, avaliado em R$ 6,2 milhões, só teve seu verdadeiro valor descoberto após análise especializada
Durante anos, uma senhora romena usou uma rocha grande para segurar a porta de casa. O que ela não sabia é que a pedra era, na verdade, uma das pedras preciosas de âmbar mais valiosas já encontradas no país. A descoberta surpreendeu especialistas e virou notícia.
O caso veio à tona em outubro de 2023, quando Daniel Costache, diretor do Museu do Condado de Buzau, confirmou que a pedra era âmbar puro. Pesando 3,5 kg, a peça foi avaliada em cerca de R$ 6,2 milhões.
Pedra preciosa como peso de porta: descoberta improvável
A história começa em um vilarejo remoto da Romênia. Após a morte da idosa, um parente herdou a rocha em 1991. Com o tempo, ele começou a suspeitar que poderia se tratar de algum tipo de pedra preciosa.
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A coloração, o brilho e o peso levantaram dúvidas. Após consultar especialistas e realizar análises, veio a confirmação: era uma pepita rara de âmbar, com grande importância histórica e geológica.
A pepita descoberta veio da região de Colti, conhecida por suas jazidas naturais. A peça foi encontrada no leito de um riacho, em uma área rica em recursos naturais.
Por muitos anos, foi somente uma pedra comum na casa da idosa. O uso como peso de porta foi uma coincidência. A história mostra como objetos valiosos podem passar despercebidos.
O que é o âmbar e por que ele vale tanto
O âmbar, embora muitas vezes confundido com mineral, é uma resina fóssil. Ele se forma a partir da secreção de árvores que, com o passar de milhões de anos, endurece e se fossiliza. Muito usado em joias e objetos decorativos, o âmbar também é valioso por outro motivo.
Ele pode guardar inclusões: pequenos pedaços de folhas, insetos ou outros organismos. São como cápsulas do tempo, mostrando um pedaço da vida no planeta milhões de anos atrás. Algumas pepitas de âmbar datam de 30 a 90 milhões de anos. Por isso, além de bonito, esse material é um registro da história natural da Terra.
Testes simples para identificar o âmbar verdadeiro
Hoje, muitas pessoas se perguntam se podem ter uma pepita de âmbar em casa sem saber. Há alguns testes simples que auxiliam na identificação:
— O teste de flutuação: o âmbar verdadeiro flutua em água salgada, diferente de outras resinas, que afundam.
— O teste de carga estática: ao ser esfregado, o âmbar produz eletricidade estática e pode atrair pedaços de papel.
— As inclusões: se houver pequenos insetos, folhas ou bolhas na peça, isso pode indicar que é âmbar genuíno.
Esses testes não garantem 100% de certeza, mas podem ajudar a identificar uma peça potencialmente valiosa. Muitas vezes, peças preciosas são ignoradas por falta de conhecimento.
Mais do que uma joia: cápsula do tempo da natureza
O âmbar não tem somente valor comercial. Ele é um patrimônio natural. Suas inclusões ajudam cientistas a estudar o passado. Espécies extintas, ecossistemas antigos e mudanças ambientais podem ser analisados a partir dessas pequenas cápsulas.
Além disso, o âmbar desperta interesse em áreas como geologia, paleontologia e biologia. Seu estudo contribui para entender a biodiversidade de milhões de anos atrás.
A descoberta da pepita de âmbar na Romênia virou exemplo de como o cotidiano pode esconder grandes surpresas. Uma simples pedra, ignorada por décadas, se revelou uma joia rara.
O caso serve como alerta: o que parece comum pode guardar um pedaço valioso da história do planeta. Mesmo um peso de porta pode esconder um tesouro.
Com informações de Tribuna de Minas.