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Pedal do acelerador nos carros não serve só para acelerar! Conheça a função secreta de alguns modelos que poucos motoristas sabem e que pode mudar a forma de dirigir

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 02/09/2025 às 14:49
Descubra como o pedal do acelerador em carros elétricos e híbridos controla velocidade, regenera energia e reduz o uso dos freios.
Descubra como o pedal do acelerador em carros elétricos e híbridos controla velocidade, regenera energia e reduz o uso dos freios.
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Tecnologia presente em veículos elétricos e híbridos permite usar apenas o acelerador para controlar a velocidade, recuperar energia durante a desaceleração e reduzir o desgaste dos freios, transformando a experiência de condução no trânsito urbano.

O recurso que permite controlar o carro apenas modulando o acelerador já está presente em diversos veículos elétricos e híbridos.

Ao levantar o pé, o sistema usa a frenagem regenerativa para reduzir a velocidade e devolver energia à bateria.

O resultado é economia de freios, ganho de autonomia em alguns cenários e condução mais fluida tanto nas estradas quanto nas cidades.

Dirigir só com o acelerador: como funciona

Nos eletrificados, o trem de força é comandado por uma bateria de alta tensão, um inversor eletrônico e um motor elétrico.

Quando o motorista acelera, o inversor envia energia para o motor, que move as rodas.

Ao desacelerar, o processo se inverte: o motor passa a trabalhar como gerador, criando resistência que diminui a velocidade e recupera parte da energia que seria perdida em calor.

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Diferentemente do “freio-motor” dos propulsores a combustão, aqui quem faz o trabalho é o próprio conjunto elétrico.

Não há um “segundo pedal” oculto; a redução ocorre porque o sistema interpreta a posição do acelerador e aumenta o nível de regeneração conforme o pé sobe.

Em vários modelos, o condutor pode escolher níveis de regeneração ou ativar um modo específico de “condução com um pedal”.

O que muda para o motorista

A primeira sensação pode soar estranha, como relatam usuários que descrevem a experiência inicial como “diferente” e até “viciante”.

Em pouco tempo, contudo, a maioria passa a antecipar o fluxo do trânsito, modulando o acelerador para parar e arrancar com suavidade.

Em trechos urbanos, isso reduz trocas constantes de pedais e ajuda a manter ritmo estável, com menos fadiga.

Além disso, a regeneração tende a ser mais eficiente em velocidades moderadas e quando o condutor enxerga a manobra com antecedência.

Antecipar semáforos, cruzamentos e descidas permite aproveitar melhor a energia cinética, transformando-a em carga adicional para a bateria.

Benefícios da condução com um pedal

A principal vantagem é a eficiência energética. Parte da energia gasta para mover o carro retorna ao sistema quando o veículo desacelera.

Isso não dispensa a recarga externa, mas pode aumentar a autonomia em diferentes percursos, sobretudo os urbanos, onde há muitas reduções de velocidade.

Outro ganho relevante está na manutenção. Como o sistema elétrico assume grande parcela das desacelerações, os freios de serviço trabalham menos.

Em condições típicas de uso, as pastilhas e discos tendem a durar mais, o que reduz custos ao longo do tempo.

Em estradas com tráfego intenso, o conforto também melhora, já que as transições entre movimento e parada se tornam mais previsíveis.

Segurança: quando o freio é indispensável

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Mesmo com a condução por um pedal, o freio tradicional continua indispensável.

Paradas de emergência, manobras precisas em baixa velocidade, rampas íngremes e pisos de baixa aderência exigem atuação do pedal de freio.

Em muitos veículos, as luzes de freio acendem automaticamente durante uma regeneração mais forte, alertando quem vem atrás.

Ainda assim, a orientação é manter distância segura e não abdicar de técnicas defensivas.

Alguns modelos oferecem um ajuste que permite imobilizar completamente o carro apenas com o acelerador, segurando-o até a nova arrancada.

Em outros, a regeneração reduz a velocidade, mas a parada total pede um leve toque no freio.

Conhecer o comportamento específico do seu veículo evita surpresas e torna o uso da função mais natural.

Diferenças entre modelos e marcas

O princípio é o mesmo, porém a implementação varia entre marcas e projetos.

Há elétricos com regeneração intensa ao soltar o acelerador e outros que privilegiam um coasting mais livre, com menor arrasto, para preservar embalo em rodovias.

Em híbridos, o sistema costuma mesclar regeneração com o freio hidráulico, distribuindo a desaceleração para otimizar estabilidade e conforto.

Também há diferenças no hardware. O motor elétrico pode ser de indução ou síncrono de ímã permanente, entre outras arquiteturas.

Em todos os casos, o inversor é o responsável por gerenciar a energia que flui da bateria para o motor e, na regeneração, do motor de volta para a bateria.

Essas escolhas de engenharia impactam a intensidade da recuperação e a sensação ao volante.

Como aproveitar melhor a regeneração

A chave para aproveitar a condução com um pedal é antecipar.

Manter o olhar adiante, dosar o acelerador com suavidade e planejar as manobras permite recuperar mais energia e circular com menos uso do freio de serviço.

Ao se aproximar de um semáforo, por exemplo, levantar gradualmente o pé desde cedo costuma ser mais eficiente do que retardar a redução e frear no fim.

Em descidas longas, regular o nível de regeneração pode segurar o veículo sem aquecer excessivamente os freios.

Em subidas, a estratégia muda: convém manter o ritmo e evitar acelerações desnecessárias, pois a regeneração será menor.

Conhecer os modos do carro e testar cada configuração em trajeto habitual ajuda a encontrar o equilíbrio entre conforto e eficiência.

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Impacto na mobilidade elétrica

A condução com um pedal tem efeito direto no cotidiano. Menos troca de pedais e desaceleração previsível aliviam o estresse do trânsito, sobretudo em trechos travados.

Ao mesmo tempo, o hábito de planejar paradas e aproveitar declives estimula um estilo de direção mais econômico e ambientalmente responsável.

Para a indústria, o recurso é um passo prático rumo à sustentabilidade. Ele aumenta o aproveitamento da energia já investida no movimento e prolonga a vida útil de componentes, sem exigir dispositivos adicionais do motorista.

À medida que eletrificados se popularizam, a tendência é que a calibração desses sistemas fique mais refinada e adaptável às preferências de cada condutor.

Vale a pena testar o recurso

Quem dirige um elétrico ou híbrido e ainda não testou a função pode começar em trajetos conhecidos, com trânsito leve, para entender a resposta ao soltar o acelerador e a relação entre regeneração e velocidade.

O pedal de freio permanece sempre à mão, mas a prática mostra que muitos deslocamentos urbanos podem ser feitos com intervenções mínimas no freio.

Com observação do fluxo, ajustes de regeneração e uma dose de paciência nos primeiros quilômetros, a técnica se torna natural.

A pergunta que fica é simples: ao experimentar a condução com um pedal, como você mudaria seus hábitos na cidade e na estrada para economizar energia e ganhar conforto?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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