Com foco em sustentabilidade, a pecuária brasileira fortalece exportações, adota tecnologias de baixo carbono e consolida o país como líder global na produção de carnes de alta qualidade
A pecuária brasileira vive um momento de expansão sustentável, equilibrando produtividade, inovação e responsabilidade ambiental, segundo uma matéria publicada.
No último dia 14 de outubro, Dia Nacional da Pecuária, o setor celebra conquistas que consolidam o Brasil como o maior exportador de carnes do mundo.
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), essa evolução está diretamente ligada à eficiência produtiva e às políticas que incentivam práticas de baixo impacto ambiental.
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O país tem unido crescimento econômico, preservação ambiental e bem-estar animal, alcançando resultados expressivos em produtividade e exportações.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), 2024 registrou recorde histórico de mais de 11 milhões de toneladas de carne bovina equivalente carcaça, confirmando o protagonismo nacional no agronegócio.
Sustentabilidade e bem-estar animal impulsionam exportações
O fortalecimento da pecuária brasileira está vinculado a programas de sustentabilidade e bem-estar animal promovidos pelo Mapa, reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA).
Esses programas integram sistemas produtivos com alta capacidade de sequestro de carbono, recuperação de pastagens e promoção de saúde do solo.
Em 2025, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam crescimento de 3,9% no abate de bovinos, totalizando 10,46 milhões de cabeças.
Esse avanço vem acompanhado do aumento nas exportações: em 2024, o Brasil comercializou mais de US$ 26,1 bilhões em carnes, e até setembro de 2025 já havia atingido US$ 22,5 bilhões.
O destaque vai para a carne bovina in natura, que cresceu 55% em volume exportado, alcançando US$ 1,77 bilhão.
Plano ABC+ e sistemas integrados transformam a pecuária brasileira
Entre as iniciativas mais relevantes está o Plano de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC+), criado pelo Mapa para unir produtividade e sustentabilidade.
O programa estimula o uso de biodigestores, terminação intensiva e manejo racional das pastagens. A meta é abater 5 milhões de animais com menos de 24 meses, reduzindo a pegada de carbono do setor.
Além disso, a integração lavoura-pecuária-floresta tem aumentado a eficiência dos sistemas produtivos, otimizando o uso da terra e preservando recursos naturais.
Tais práticas consolidam a pecuária brasileira como referência mundial em equilíbrio entre produção e meio ambiente.
Crescimento econômico verde e liderança mundial
O avanço sustentável reflete-se em todas as cadeias produtivas. A carne de frango superou as projeções, com crescimento de 1,1% no segundo trimestre de 2025, mesmo após o desafio da influenza aviária em maio de 2024.
Já a produção de carne suína, segundo a Conab, deve crescer 3,6% até 2026, impulsionada pelo aumento da demanda interna e das exportações.
Esses resultados demonstram a força de um modelo econômico verde, que une inovação, rentabilidade e responsabilidade ambiental.
A pecuária brasileira mostra que é possível crescer preservando, garantindo o futuro sustentável do agronegócio nacional e mantendo o país na liderança global do setor.