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PEC da reforma administrativa promete acabar com supersalários acima de R$ 46 mil, proíbe férias de 60 dias e muda regras de concursos públicos

Publicado em 02/10/2025 às 15:43
A PEC da reforma administrativa propõe limitar supersalários, reduzir férias, mudar concursos públicos e impor novas regras para servidores no Brasil.
A PEC da reforma administrativa propõe limitar supersalários, reduzir férias, mudar concursos públicos e impor novas regras para servidores no Brasil.
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Proposta define teto de R$ 46 mil, proíbe férias de 60 dias e cria novas exigências para concursos e avaliação de servidores.

A PEC da reforma administrativa foi apresentada com a promessa de transformar a estrutura do funcionalismo público no Brasil. O texto prevê o fim dos chamados supersalários acima do teto constitucional, hoje em R$ 46,4 mil, e a limitação de benefícios extras que inflavam a remuneração de determinadas carreiras.

Segundo o portal Estadão, a proposta também estabelece novas regras para férias, concursos públicos, avaliação de desempenho e cargos comissionados, além de impor limites de gastos a diferentes poderes. A expectativa é que, se aprovada, a reforma altere de forma profunda a gestão do serviço público em União, estados e municípios.

Supersalários sob pressão

Um dos pontos centrais da PEC da reforma administrativa é a restrição aos supersalários.

A proposta veda o uso de verbas indenizatórias como forma de ultrapassar o teto, prática comum em algumas carreiras do Judiciário e do Ministério Público.

Auxílios como alimentação, saúde e transporte continuam permitidos, mas terão limite de até 10% da remuneração quando o servidor já estiver próximo do teto.

Além disso, o pagamento retroativo desses valores só poderá ocorrer com decisão judicial definitiva.

A intenção é acabar com os chamados “penduricalhos” que inflavam os salários e criavam distorções dentro do serviço público, em um movimento de contenção de gastos e busca por maior equidade.

Férias e benefícios limitados

Outro alvo da PEC são as férias prolongadas, como as de 60 dias, concedidas atualmente a juízes e membros do Ministério Público.

A nova regra estabelece limite máximo de 30 dias para a maioria das carreiras, com exceção de professores e profissionais da saúde que atuam em situações de risco.

O texto também proíbe a criação de novos benefícios sem aprovação do Congresso e veda aumentos automáticos apenas por tempo de serviço.

Com isso, o governo pretende frear a expansão de privilégios internos criados por órgãos de controle sem a participação do Legislativo, algo comum em anos anteriores.

Avaliação de desempenho e progressão na carreira

A PEC da reforma administrativa institui a obrigatoriedade da avaliação de desempenho para todos os servidores, tanto no estágio probatório quanto durante a carreira.

Caso seja constatada inaptidão, o servidor poderá ser exonerado ainda no período inicial.

Progressões salariais e concessão de bônus dependerão dos resultados obtidos nessas avaliações, buscando alinhar remuneração e eficiência na prestação de serviços públicos.

A medida é vista como um passo importante para modernizar a administração e aumentar a produtividade do funcionalismo.

Concursos e novos modelos de contratação

Para abrir concursos públicos, será exigido um dimensionamento prévio da força de trabalho, garantindo que as contratações atendam demandas reais.

O texto incentiva a criação de carreiras transversais, como analistas de políticas públicas e especialistas em infraestrutura, que podem atuar em diferentes órgãos.

Outra inovação é a contratação temporária por concurso, chamada de “investidura a termo em cargo efetivo”.

Nesse modelo, o servidor atua por pelo menos 10 anos em funções transitórias, sem gerar vínculo permanente. A proposta busca dar flexibilidade ao Estado sem perder critérios de seleção baseados em mérito.

Limites a cargos comissionados e gastos públicos

A PEC também restringe a ocupação de cargos comissionados: no máximo 5% do total poderá ser destinado a indicações políticas, número que pode chegar a 10% em municípios pequenos.

Pelo menos metade desses cargos deverá ser preenchida por servidores de carreira.

Outro ponto de destaque é o teto de gastos para Judiciário, Legislativo e Ministérios Públicos estaduais e municipais, limitado a 2,5% de crescimento real ao ano a partir de 2027.

A União e governos locais ainda terão de realizar revisões permanentes de gastos, realocando recursos conforme prioridades estabelecidas nos planos estratégicos de gestão.

A PEC da reforma administrativa reacende um debate antigo no país: como equilibrar direitos dos servidores com a necessidade de modernizar e tornar sustentável o serviço público.

Se aprovada, a medida pode alterar práticas enraizadas há décadas, impactando desde carreiras de elite até concursos em cidades pequenas.

E você, acredita que a PEC realmente vai acabar com privilégios e melhorar a gestão pública? Ou teme que as mudanças prejudiquem a qualidade do serviço oferecido à população?

Deixe sua opinião nos comentários queremos ouvir quem vive isso na prática.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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